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CPI da manipulação de jogos vai investigar indícios apresentados pelo dono do Botafogo

John Textor forneceu um relatório de 180 páginas com gravações envolvendo jogadores e árbitros; conteúdo está sob sigilo

Brasília|Bruna Lima, do R7, em Brasília

John Textor prestou depoimento à CPI (Roque de Sá/Roque de Sá/Agência Senado)

A CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da manipulação dos jogos de futebol vai usar informações fornecidas pelo dono da SAF (Sociedade Anônima do Futebol) do Botafogo, John Textor, para avançar nas investigações do colegiado. Segundo o presidente da comissão, o senador Jorge Kajuru (PSB-GO), Textor apresentou um relatório de 180 páginas com “indícios indiscutíveis” de manipulação em jogos, incluindo gravações e outros conteúdos envolvendo jogadores de grandes clubes brasileiros e árbitros.

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A espécie de dossiê foi entregue nesta segunda-feira (22) aos senadores em uma reunião reservada após a participação de Textor em sessão da CPI. O colegiado não detalhou quais clubes estariam citados nos materiais, mas adiantou que há envolvimento de times grandes e históricos.

Os integrantes da CPI reconheceram o relatório como importante para os próximos passos da comissão, mas consideraram o conteúdo como indícios e não provas. Segundo Kajuru, há material suficiente com conteúdo para avançar nas investigações, que deve se debruçar sobre outros jogos com indícios de manipulação.

“Caberá a nós sabermos escolher os convidados para que possamos dar sequência à investigação e tendo a certeza que essa CPI buscará na Polícia Federal a companhia para tudo o que vimos e que tomamos conhecimento”, detalhou o presidente da CPI.

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O senador Carlos Portinho (PL-RJ) relatou que há “evidências técnicas” de manipulação e se disse espantado com a Confederação Brasileira de Futebol e com o Superior Tribunal de Justiça Desportiva por não terem ido a fundo na análise dos materiais.

“Os clubes podem estar sendo vítimas da edição do VAR, o que é gravíssimo. O que vai para a tela do árbitro em campo são fragmentos da imagem captada. O que o telespectador assiste da sua casa na TV é o mesmo fragmento que está sendo mostrado para o árbitro, que não conta a história inteira do lance. Isso foi a coisa mais grave que a gente percebeu aqui. Que a CBF e os clubes tratem com muita seriedade porque a integridade do futebol é a coisa maior que a gente tem que proteger”, disse Portinho.


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