Graças à melhora dos indicadores da pandemia, a Secretaria de Saúde do Distrito Federal está remanejando os leitos destinados aos pacientes infectados com Covid-19 para o tratamento de outras especialidades. A ideia é aumentar a capacidade da rede pública e atender a demanda represada por cirurgias eletivas. Até agosto, cerca de 40 mil pessoas estavam na fila de espera.
A medida adotada pela Secretaria permitiu que pelo menos 171 leitos de Covid-19 fossem convertidos para atendimentos da clínica cirúrgica, médica e da UTI geral. Para isso, foram levados em consideração a melhora dos indicadores que avaliam a evolução da doença. A taxa de transmissão registrada na última quinta-feira (11) foi de 0,69, a menor deste ano, o que significa que há uma tendência de desaceleração da pandemia no DF.
Para a diretora-geral do Complexo Regulador do Distrito Federal, Joseane Gomes Vasconcellos, esse dados dão ainda mais segurança para as estratégias de desmobilização que avançam.
O DF — que já chegou a ter mais de 800 leitos de Covid-19 — conta atualmente com apenas 68 postos. Desse total, 27 estão ocupados, 29 estão livres e 12 estão bloqueados. A taxa de ocupação está em 48,21%. Apenas um paciente se encontra na fila de espera por esses leitos.
Com as conversões, os leitos de enfermaria para Covid-19 serão concentrados no Hran (Hospital Regional da Asa Norte) e no HRSam (Hospital Regional de Samambaia). Os demais hospitais continuam com vagas disponíveis para pacientes infectados pelo coronavírus.