Diplomata da Ucrânia diz que ataques a casas foram premeditados
Autoridades ucranianas chegaram a essa conclusão após identificarem documentos e mapas com soldados russos presos
Brasília|Rossini Gomes, do R7, em Brasília

Os ataques russos a bairros residenciais na Ucrânia foram premeditados, segundo afirmou o encarregado de negócios da Embaixada da Ucrânia no Brasil, Anatoliy Tkach, na tarde desta terça-feira (8), em Brasília.
O encarregado explicou que as autoridades ucranianas chegaram a essa conclusão após identificarem documentos e mapas com soldados russos presos, mas disse que "não tinha acesso a detalhes" do conteúdo do material apreendido.
Tanques e soldados russos na Ucrânia. Investida começou na madrugada do dia 24 de fevereiro após o presidente da Rússia, Vladimir Putin, autorizar uma operação militar na região separatista no leste ucraniano e decretar lei marcial
Tanques e soldados russos na Ucrânia. Investida começou na madrugada do dia 24 de fevereiro após o presidente da Rússia, Vladimir Putin, autorizar uma operação militar na região separatista no leste ucraniano e decretar lei marcial
Ele afirmou que mais de 12 mil soldados russos morreram nos conflitos e que cidades próximas a Kiev estão sem abastecimento de água e de energia. "Em Mariupol, uma criança morreu de desidratação. Está havendo uma crise humanitária na cidade", disse.
Até este 13º dia de conflito, cerca de 2 milhões de ucranianos foram forçados a deixar o país, informou Anatoliy Tkach.
Ajuda humanitária
Na entrevista à imprensa, o encarregado afirmou que a Embaixada da Ucrânia pretende fazer novas solicitações de ajuda ao governo brasileiro. "São novos pedidos de cooperação humanitária para o Brasil, como alimentos, roupas e medicamentos", adiantou Tkach, acrescentando que o Brasil está apoiando a Ucrânia nos organismos internacionais.
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Governo brasileiro
Anatoliy Tkach disse ainda que a comunicação com o governo brasileiro tem sido feita por meio do Ministério das Relações Exteriores. "Nosso diálogo é contínuo e está em primeiro lugar com o Itamaraty. Neste momento, não pensamos em nos reunir com o presidente, que já está se posicionando na arena mundial", disse.