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Em evento com Lula, Marinho diz que taxa de juros é 'entrave' para a geração de empregos

Ministro disse que taxa deveria ser reduzida 'pelo país'; para presidente do BC, redução sem critério pode gerar mais inflação

Brasília|Plínio Aguiar e Bruna Lima, do R7 em Brasília

O ministro do Trabalho, Luiz Marinho
O ministro do Trabalho, Luiz Marinho O ministro do Trabalho, Luiz Marinho

Em uma cerimônia com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nesta sexta-feira (28), no Palácio do Planalto, o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, criticou a taxa de juros no país, atualmente em 13,75%.

"É evidente que tem um entrave colocado nesse momento, que é o posicionamento do Banco Central, que insiste em achar que não tem parâmetros técnicos para poder iniciar uma redução dos juros no país. Não estamos pedindo absolutamente que seja pelo presidente Lula, não é pelo governo, é pelo país, é pela geração de empregos formais", afirmou Marinho.

A crítica ao Banco Central não é exclusiva de Marinho. Além dele e do próprio presidente, diversos ministros, como Fernando Haddad (Fazenda) e Simone Tebet (Planejamento), têm cobrado uma diminuição da taxa de juros.

Na última quinta-feira (28), em declaração no Senado, Tebet reconheceu a importância da independência da instituição monetária, mas afirmou que as decisões do banco, apesar de técnicas, têm impacto político e pediu foco nas políticas públicas e no crescimento econômico.

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Já o presidente do Banco Central, Campos Neto, por sua vez, tem justificado que caso haja uma diminuição da taxa de juros no panorama atual, isso vai causar uma alta inflacionária, o que, segundo ele, é muito pior para a população mais pobre. Durante sessão temática para falar sobre o tema no Senado, ele afirmou que a inflação é o "imposto mais perverso" para os mais vulneráveis.

Segundo o presidente do BC, a taxa de juros é apenas um dos fatores que influenciam a concessão de créditos, já que cabe ao banco controlar os juros de um dia. "Todo o resto dos juros é determinado pelo preço que as pessoas estão dispostas a emprestar para o governo. Se não tiver credibilidade, posso cair os juros curtos e os juros longos subirem. E a economia não gira em torno dos juros curtos", completou.

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