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Hospital é condenado por 'falta de cautela' ao comunicar óbito no DF

Família teria sido informada sobre morte de paciente sem os 'critérios éticos e humanitários' necessários; instituição nega

Brasília|Karla Beatryz*, do R7, em Brasília

Caso ocorreu em 2019
Caso ocorreu em 2019 Caso ocorreu em 2019

O Hospital Maria Auxiliadora, no Gama, no Distrito Federal, foi condenado a pagar R$ 20 mil aos filhos de uma paciente que faleceu na instituição. A família processou o local após ser informada da morte da mulher sem os "critérios éticos e humanitários". A decisão é da 2ª Turma Cível do Tribunal de Justiça do DF e Territórios.

No processo, a família afirma que, em março de 2019, a paciente deu entrada no hospital com sinais de fraqueza. Após os exames iniciais, o médico plantonista indicou que a mulher deveria ser transferida para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Alguns dias depois, ao procurar saber sobre o estado de saúde da mãe, a filha da paciente teria ouvido a recepcionista perguntar a uma colega se “era a paciente que estava em óbito.”

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A turma julgadora decidiu que a equipe de comunicação não observou os "parâmetros éticos e humanitários necessários" nessas situações. “Os familiares da paciente receberam a comunicação do seu óbito, sem o mínimo de cautela. No caso em exame, os quatro autores são irmãos e comprovaram que a comunicação a respeito do óbito de genitora não respeitou o princípio da dignidade da pessoa”, concluiu o desembargador.

O hospital terá que indenizar os irmãos em R$ 20 mil a título de danos morais. Procurada pelo R7, a instituição não se manifestou. O espaço segue em aberto.

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Em depoimento, a recepcionista disse que não havia recebido treinamento sobre como se dirigir aos pacientes e familiares. O hospital nega as informações a alega que o depoimento da profissional é “confuso e vago” e teria sido motivado pela sua demissão.

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Sem acesso para medicação

A filha da paciente que morreu no local acrescenta que a mãe estava internada sem acesso para medicação. Ela acredita que, ao não ser transferida para outra unidade, a mulher teve o quadro agravado. A autora da ação afirma que houve falha na comunicação e treinamento dos funcionários.

*Sob supervisão de Fausto Carneiro.

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