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HUB-UnB desenvolve método que facilita identificação de variantes

Técnica do Hospital Universitário da UnB é mais rápida e barata do que método de sequenciamento genômico

Brasília|Priscila Mendes, do R7, em Brasília

Pesquisa é do Hospital Universitário de Brasília, da UnB
Pesquisa é do Hospital Universitário de Brasília, da UnB Pesquisa é do Hospital Universitário de Brasília, da UnB

Uma nova tecnologia desenvolvida pelo Laboratório de Diagnóstico Molecular do Hospital Universitário de Brasília (HUB-UnB) identifica variantes da Covid-19 de forma mais rápida e barata. O método mais utilizado hoje é baseado no sequenciamento genético, que exige maior estrutura de equipamentos e pessoal. Já a tecnologia utilizada pelo HUB é a mesma usada para a detecção do novo coronavírus, chamada de RT-PCR ou PCR em tempo real.

Desta forma é possível chegar ao resultado em duas horas e meia e a testagem pode ser feita em qualquer laboratório. “Com essas facilidades, conseguimos analisar uma quantidade maior de amostras, o que é essencial para o acompanhamento da predominância das variantes e para fins epidemiológicos”, explica o professor da Faculdade de Ceilândia (FCE-UnB) e coordenador do estudo, Alex Pereira.

A pesquisa feita até agor aponta que a variante Delta é predominante no Distrito Federal. De acordo com os dados levantados a partir de amostras de moradores da Estrutural (DF), a variante começou a aparecer no início de agosto, mas em setembro já era responsável por 88% das infecções. Não houve, por enquanto, descoberta de novas variantes. 

“Essa parceria reforça o apoio do HUB e da UnB no entendimento da dinâmica de transmissão da Covid-19. A variante Delta está se expandindo cada vez mais e esses dados representam um sinal de alerta para o surgimento de possíveis novos casos graves da doença”, afirma o professor da Faculdade de Ceilândia (FCE) e coordenador da pesquisa, Wildo Araújo.

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Os dados estão sendo encaminhados para a Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) e têm ajudado no acompanhamento de disseminação das variantes e no controle epidemiológico da doença. 

“São dados preocupantes porque se trata de uma variante nova e com perfil de alta transmissibilidade. O estudo nos ajuda a fomentar políticas públicas e realizar novas estratégias de vigilância sentinela. É uma tecnologia capaz de dar respostas rápidas, que é o que precisamos neste momento”, explica Fabiano Martins, diretor de Vigilância Epidemiológica em Saúde da SES-DF.

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Os resultados têm mostrado as variantes predominantes na cidade desde março. No mês de julho, 79% dos casos eram da variante Gama (P1). A variante Delta só começou a aparecer em agosto e continua sendo a predominante. Enquanto, a Delta foi responsável por 88% das infecções em setembro, a Gama (P1) foi identificada em apenas 2% das amostras. 

Pesquisa

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Foram analisadas 811 amostras que passaram pela genotipagem, sendo 264 de profissionais e pacientes do HUB e 547 de moradores da Estrutural. 

O projeto de pesquisa é coordenado pela Faculdade de Ceilândia (FCE-UnB), em parceria com o HUB e a SES-DF, e conta com o financiamento dos ministérios da Educação e da Saúde e da Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAP-DF).

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