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Indústria e líderes do governo vão à COP26 em busca de investidores

Evento da CNI, em Glasgow, debateu os desafios e o compromisso do Brasil com a conservação ambiental 

Brasília|Priscila Mendes, do R7, em Brasília

Evento organizado pela CNI reúne representantes da indústria e do governo durante a COP26
Evento organizado pela CNI reúne representantes da indústria e do governo durante a COP26 Evento organizado pela CNI reúne representantes da indústria e do governo durante a COP26

Em busca de despertar o interesse de investidores, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) reuniu, nesta terça-feira (9), líderes do governo e empresas brasileiras para discutir os desafios a ser enfrentados e as ações concretas em prol do meio ambiente desenvolvidas no país. No estande do Brasil na 26ª Conferência das Partes sobre Mudanças Climáticas (COP26), em Glasgow, na Escócia, os debates destacaram os pilares de transição energética, mercado de carbono, economia circular e conservação das florestas.

Na abertura do evento "O futuro verde está no Brasil", que foi transmitido pelo canal do Ministério do Meio Ambiente no YouTube, o presidente da CNI, Robson Andrade, destacou que o país já se encontra na vanguarda da transição energética, mas ainda é preciso avançar com metas mais ambiciosas focadas na redução da emissão de gases de efeito estufa.

Para isso, Robson Andrade ressaltou que é preciso que as nações desenvolvidas cumpram o compromisso de destinar US$ 100 bilhões por ano ao financiamento de iniciativas para diminuir o desmatamento. Os recursos foram comprometidos pelos países ricos no Acordo de Paris.

Esse movimento de financiamento foi defendido e apoiado inclusive pelo ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite. “Acreditamos que a solução para o meio ambiente está no incentivo, no empreendedorismo e no juro verde, que é o faz com que os projetos fiquem em pé”, destacou. Para ele, o grande desafio é desenhar políticas públicas que remunerem e gerem emprego para quem contribui de fato para a conservação florestal.

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Sobre o comprometimento efetivo do Brasil nessas questões, o vice-presidente da Câmara dos Deputados, Marcelo Ramos (PL-AM), afirmou que a presença do governo federal na COP26 reforçou ainda mais a inserção do Brasil no esforço global, com o compromisso de desmatamento zero até 2028 e a neutralidade climática até 2050.

“Precisamos reconhecer também o esforço e engajamento da indústria na agenda que trata da regulação do mercado de carbono no país. O setor entendeu que esse é um caminho irreversível e simboliza o compromisso com o equilíbrio climático e oportunidades para vários setores da nossa economia”, disse ele.

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Marcelo Ramos aproveitou a ocasião para fazer um apelo ao presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), para que a votação do Projeto de Lei 528/21 ocorra ainda nesta terça-feira (9). A votação deveria ter ocorrido nesta segunda (8), mas foi adiada. O PL institui o Mercado Brasileiro de Redução de Emissões (MBRE), a fim de regular a compra e a venda de créditos de carbono no país.

Apesar dos avanços e dos cases de sucesso na área ambiental que foram apresentados durante os painéis do evento, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), afirmou que é preciso reconhecer os erros. “Temos um problema grave no Brasil que é o desmatamento ilegal das nossas florestas. Um problema maior que alarma o mundo e faz com que tenhamos uma crise de imagem entre os demais países. É nosso compromisso contê-lo.”

Em relação à ajuda dos países desenvolvidos, o parlamentar deixou claro que não se trata de “uma ajuda filantrópica”. “Isso tem uma lógica e está ratificado pelo Acordo de Paris. Esses países, que em algum momento cuidaram dos seus interesses, se deram conta, assim como nós, de que o desenvolvimento deve ser sustentável. Todo mundo, em qualquer lugar, tem responsabilidade com países que têm florestas”, completou Pacheco.

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