Depois de nove dias acompanhando o filho entre cirurgias, mudanças de hospital e uma lenta recuperação, a mãe de Rhyan Lucca, 5 anos, que caiu de uma van escolar e foi atropelado pelo veículo no Riacho Fundo, no Distrito Federal, desabafou sobre a situação que a família tem vivido. Para a operadora de crédito Phyama Ohanna, o acidente poderia ter sido evitado.
"Foi uma fatalidade? Foi, mas também foi negligência, porque tudo isso poderia ser evitado por um simples gesto de paciência e calma. Mas uma coisa eu digo: meu filho não tem culpa do que aconteceu com ele, porque poderia ter acontecido com qualquer criança daquela van", declarou a mãe do menino.
Na publicação, ela lembrou o dia do acidente. Phyama estava trabalhando quando recebeu a ligação da dona do transporte escolar. "Nessa hora, eu achei que ia morrer, entrei em desespero", lembra. "Achei que seria um dia como outro qualquer, mas, infelizmente, não foi", escreveu a mãe de Rhyan.
Phyama detalha que, como Rhyan não teve muitos ferimentos externos, chegaram a dizer que a roda do veículo tinha passado apenas sobre o pé do filho. No entanto, a situação era mais grave. Rhyan fraturou a bacia, teve um rompimento da bexiga e um trauma no abdômem. Por isso, foi transportado para o Hospital de Base, onde passou pela primeira cirurgia. Como perdeu muito sangue, precisou de uma transfusão sanguínea.
Em seguida, ele foi transferido para o Hospital da Criança, onde passou por nova cirurgia para recuperar a bexiga. O menino deixou a UTI e agora se recupera na enfermaria. "Meu filho está se recuperando bem, mas com algumas limitações. Não está podendo caminhar nem sentar por causa da bacia. Ele está sentindo bastante dor ainda", diz Phyama. Rhyan passou o Dia das Crianças no leito do hospital, onde foi presenteado com bola e carrinho, com os quais ainda não pode brincar.
O menino foi atropelado pela van escolar em 6 de outubro, no Riacho Fundo, depois que a porta do veículo se abriu e ele caiu no asfalto. As rodas traseiras da van passaram por cima da criança. A dona do veículo prestou socorro e esperou a chegada do Corpo de Bombeiros e do pai do garoto ao local.
Phyama diz que espera por justiça, enquanto o menino se recupera, ainda sem previsão de alta. "Espero que realmente essas investigações não venham dizer que o culpado aqui seja meu filho", pontua. Phyama afirmou que a dona da van alegou que Rhyan teria se soltado do cinto e pulado. Ela admite essa possibilidade, mas com desconfiança.
"Meu filho não é santo, e sei o que criança é capaz de fazer, mas, quando você se propõe em trabalhar com criança, você sabe o risco que corre, e por esse motivo é que a função de monitor é de estar na porta quando a van está em movimento, e a função também da trava de segurança para evitar de qualquer criança abrir e pular", frisa.
O R7 entrou em contato com a dona da van escolar para comentar a acusação da mãe da criança de "negligência" e aguarda retorno.
