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Técnicos da Saúde foram contra desobrigar uso de máscaras no DF

Documento entregue ao secretário destacou risco de aumento da transmissão e baixa cobertura vacinal em alguns grupos

Brasília|Renato Souza, do R7, em Brasília

Máscara de proteção contra a Covid-19
Máscara de proteção contra a Covid-19 Máscara de proteção contra a Covid-19

Em nota técnica enviada ao secretário de Saúde, general Manoel Pafiadache, o COE (Centro de Operações de Emergências em Saúde Pública), que reúne técnicos, recomendou que se mantivesse a obrigatoriedade do uso de máscaras em locais fechados no Distrito Federal. Na prática, a decisão foi outra. Um decreto do governador Ibaneis Rocha dispensou, na quinta-feira (10), o uso da proteção facial.

Ibaneis afirmou, no entanto, que "quem quiser pode continuar usando" e liberou os órgãos públicos para que tomem decisões próprias sobre o uso ou não das máscaras para proteção contra a Covid-19. No ofício enviado ao general, os técnicos da área de saúde afirmam que a cobertura vacinal de 90% em Brasília só foi alcançada entre a população de 50 anos ou mais e que apenas 43% das crianças receberam uma dose do imunizante.

O documento ressalta que a variante BA.2 do coronavírus está sendo responsável por gerar um aumento de casos entre idosos na Europa, principalmente no Reino Unido. "Os recentes estudos apontam para redução dos anticorpos neutralizantes para SARS-CoV-2 de 4a 6 meses após a segunda dose, combinada com o comportamento diverso de novas variantesfrente à imunidade induzida pela vacina, o que corrobora a necessidade de vacinas de reforço", diz um trecho do texto.

O COE ressalta que atualmente o DF ocupa o status de “baixo risco, o que coaduna com a redução de casose óbitos no nosso território nos últimos 14 dias, embora ainda muito recente", mas que aglomerações e festas realizadas durante o carnaval podem fazer os casos aumentar.

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"Este COE recomenda a manutenção do uso de máscara em ambientes fechados e que a liberação ocorra apenas após a garantia de que a população pediátrica tenha tido oportunidade de receber as duas doses da vacina contra a Covid-19; de que sejam resgatados o grande contingente de adultos que ainda não receberam a dose de reforço; e de que o cenário de risco de transmissão de casos, segundo critérios analisados na “Matriz de Risco”, sejam mantidos em 'baixo risco', com indicadores do 'eixo epidemiológico' zerados por pelo menos 14 dias consecutivos", completa o texto. 

Em coletiva de imprensa, o secretário Pafiadache afirmou que levou em consideração outras avaliações para recomendar o fim do uso de máscaras. "A gente considera toda área assistencial, que não é só o COE. Também os dados logísticos, com oferecimento de insumos, leitos de UTI, de covid e não covid. Tudo isso foi considerado para que a gente tomasse essa decisão e encaminhasse para o governador. Lembrando que outros estados tomaram essa decisão", disse o secretário.

No entanto, ele admitiu que pode voltar atrás na decisão, a depender da evolução dos números da pandemia. "Naturalmente, se os dados vierem a ser alterados, e dificultarem, pode-se tomar outra atitude. Neste momento, na análise dos dados é possível a liberação das máscaras também".

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