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Moderno e bem acabado, GM Sonic ainda é coadjuvante entre os compactos premium  

Modelo ganhou sensor de chuva e sistema multimídia MyLink na linha 2014

Carros|Luiz Betti, do R7

Cara de mau: Chevrolet Sonic tem visual esportivo para atrair público jovem que busca um carro compacto
Cara de mau: Chevrolet Sonic tem visual esportivo para atrair público jovem que busca um carro compacto Cara de mau: Chevrolet Sonic tem visual esportivo para atrair público jovem que busca um carro compacto

“Da hora esse farol”, comenta um rapaz com seu colega enquanto ensaboa o Chevrolet Sonic no lava-rápido. De fato, o visual do carro ainda despertar olhares aqui e acolá, mesmo lançado por aqui em 2012. E a razão parece óbvia: com números abaixo da concorrência — o Fiat Punto, por exemplo, vendeu cinco vezes mais neste ano —, ele ainda é pouco visto nas ruas brasileiras.

Na linha 2014, as novidades são o sensor de chuva e a central multimídia MyLink, oferecidos como opcionais na versão básica (LT) e de série na top de linha (LTZ). Com preços a partir de R$ 48.390 na configuração hatch, o Sonic ainda busca seu espaço na disputada categoria dos compactos premiuns, que surgiu no País com o Volkswagen Polo (2002), ganhou força com o Punto (2007) e, hoje, está a pleno vapor com o Ford New Fiesta, Citroën C3 e Peugeot 208.

Lanternas expostas e aerofólio marcam a traseira do modelo
Lanternas expostas e aerofólio marcam a traseira do modelo Lanternas expostas e aerofólio marcam a traseira do modelo

Para isso, ele segue à risca a cartilha do segmento, ou seja, compensa o espaço compacto com acabamento esmerado, tecnologia de ponta e uma generosa lista de itens de série, entre eles ABS com EBD, rodas de liga leve, direção hidráulica, vidros elétricos nas quatro portas com sistema um toque, retrovisores elétricos, ar-condicionado, volante multifuncional e computador de bordo.

Na versão LTZ de R$ 56.690 (mesmo preço da versão sedã), avaliada pelo R7 Carros, o hatch traz ainda câmbio automático de seis marchas, rodas de 16 polegadas, controle de velocidade de cruzeiro, bancos em couro e faróis de neblina, além do sensor de chuva e sistema multimídia. Um pacote interessante, mas será que vale o quanto pesa? 

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O visual esportivo do Sonic, que é reforçado pelo pequeno aerofólio com brakelight sobre o vidro traseiro, tem nos faróis expostos sua marca registrada. A identidade visual da montadora aparece na ampla grade bipartida, que assim como em outros modelos da GM divide opiniões. Apesar disso, o conjunto da obra se mostrou equilibrado e original.

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No interior, o acabamento da cabine traz uma boa combinação de materiais e porta-objetos bem pensados, como o duplo porta-luvas e a gaveta sob o banco do passageiro. O painel de instrumentos inspirado nas motocicletas, que mistura conta-giros analógico e velocímetro digital, tem fácil leitura e atraente iluminação ice-blue (azul turquesa).

Cabine tem materiais de boa qualidade e volante multifunções
Cabine tem materiais de boa qualidade e volante multifunções Cabine tem materiais de boa qualidade e volante multifunções

Valem destaque ainda as saídas de ar-condicionado, que remetem a turbinas de avião, e a central multimídia MyLink, que oferece acesso a músicas, fotos, vídeos, aplicativos de celular e ligações telefônicas via Bluetooth — pena o sistema não oferecer GPS, função que exploraria ao máximo sua tela de sete polegadas sensível ao toque.

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O espaço interno, por sua vez, está na média do segmento, com espaço generoso na frente e limitado atrás, onde apenas dois adultos viajam com algum conforto. No porta-malas, cabem apenas 265 litros (20 quilos a menos que no Volkswagen Gol).

Em relação ao conjunto mecânico, o propulsor Ecotec 1.6 16Vdo Sonic, equipado com coletor de admissão variável e duplo comando de válvulas continuamente variável (CVVT), desenvolve 120 cavalos a 6.000 rpm e torque de 16,3 a 4.000 rpm (abastecido com etanol), números que garantiram um bom desempenho ao Sonic em trechos urbanos e rodoviários.

A suspensão um pouco mais rígida do modelo, por sua vez, o fez oscilar pouco nas curvas e transmitiu uma sensação de controle sobre o carro. Contudo, a programação do câmbio automático, que tende a antecipar a troca de marchas antes do giro do motor superar as 2.500 rotações, pode frustrar quem busca uma condução mais esportiva — uma alternativa é usar a posição manual e fazer as trocas por meio de um botão seletor na alavanca de câmbio.

Entretanto, um dos maiores entraves do Sonic — e que pode ser responsável pelas vendas abaixo do esperado — é o seu valor acima dos rivais (veja quadro comparativo abaixo), já que o segmento oferece opções interessantes a partir dos R$ 40 mil. Moderno e bem equipado, resta ao modelo um preço mais competitivo para se destacar no acirrado mercado dos compactos premium.

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