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Após reunião, pescadores decidem manter portos em SC bloqueados por tempo indeterminado 

Eles enviaram documento com exigência para ministérios do Meio Ambiente e da Pesca

Cidades|Do R7

Um navio de cruzeiro com 1.800 pessoas a bordo foi impedido de partir pelos manifestantes
Um navio de cruzeiro com 1.800 pessoas a bordo foi impedido de partir pelos manifestantes Um navio de cruzeiro com 1.800 pessoas a bordo foi impedido de partir pelos manifestantes

Representantes do Sindipi (Sindicato dos Armadores e Indústria da Pesca) e do Sitrapesca (Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Pesca de Santa Catarina) decidiram, após reunião na manhã desta terça-feira (6), manter bloqueada a entrada do canal de acesso ao Complexo Portuário do rio Itajaí Açu. O protesto, iniciado na segunda-feira (5) com 30 barcos, já conta com 200 embarcações espalhadas em trechos do canal. De acordo com a assessoria de imprensa do Sindipi, o movimento tem a adesão de cerca de 10 mil pescadores.

Ainda conforme a assessoria, durante a reunião, que durou aproximadamente uma hora e meia, foi elaborado um documento exigindo a inclusão de integrantes de cada sindicato em um grupo de trabalho, criado na segunda-feira (2) pelo Ministério do Meio Ambiente e pelo Ministério da Pesca, para rever a lista de espécies ameaçadas de extinção, conforme estabelece a portaria 445 do Ministério do Meio Ambiente, de dezembro do ano passado. 

Inicialmente, a paralisação da categoria tinha o objetivo de garantir junto ao governo federal a revogação da norma, que impede a pesca de mais de 90 espécies. Após reconsiderar o pedido, a liderança do movimento tenta conseguir agora que o Sitrapesca e o Sindipi tenham voz ativa e poder de voto no grupo de trabalho, cujas atividades estão previstas para começar na quinta-feira (8). Segundo a assessoria de imprensa do Sindipi, o documento já foi enviado para os dois ministérios.

Transtornos

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O bloqueio do canal provoca prejuízo e transtornos. Um navio de cruzeiro com 1.800 pessoas a bordo que estava atracado no píer foi impedido de partir, por volta das 16h de segunda-feira. A embarcação iria para o Uruguai, mas teve que passar a noite em Itajaí. O esgoto, que seria despejado em alto-mar, precisou ser retirado nesta terça-feira por uma empresa especializada. 

Os transtornos continuaram nesta manhã para quem depende do serviço de ferryboat que faz a travessia entre Navegantes e Itajaí. Os pescadores não deixaram uma das embarcações encostar e passageiros tiveram que aguardar a chegada da polícia para resolver a situação.

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A paralisação dos cerca de 10 mil trabalhadores interfere diretamente na indústria do setor. Itajaí é considerado o maior polo pesqueiro do País.

A superintendência do porto de Itajaí diz que somente hoje seis operações (entrada e saída) estão previstas e até agora não puderam ser realizadas. O complexo portuário entrou com uma ação cautelar na noite de ontem e a Justiça deferiu uma liminar que obriga a liberação do canal. Em caso de descumprimento, foi determinada multa de R$ 50 mil por dia para cada barco que obstruir a passagem dos navios.

Em nota, a Pullmantur Cruzeiros, empresa responsável pelo navio Empress, afirma que “está prestando todo o atendimento necessário aos passageiros, prezando primeiramente pela segurança de todos que estão a bordo, e reavaliará o itinerário inicialmente proposto assim que tiver um posicionamento oficial quanto ao horário de liberação do navio”. Muitos passageiros já se queixam do fato de terem perdido um dia de viagem.

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