Diário Digital Após denúncias de assédio sexual, diretor da Caixa é encontrado morto na sede do banco, em Brasília

Após denúncias de assédio sexual, diretor da Caixa é encontrado morto na sede do banco, em Brasília

Diretor alvo de denúncias de assédio sexual foi encontrado já sem vida na parte externa do banco

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O diretor de Controles Internos e Integridade da Caixa, Sérgio Ricardo Faustino Batista, foi encontrado morto na noite dessa terça-feira (19) na sede do banco, em Brasília. De acordo com a corporação, o diretor foi encontrado já sem vida na parte externa do edifício-sede do banco. A Polícia Civil do Distrito Federal apura a causa da morte.

A diretoria que era comandada por Sérgio Ricardo faz parte da estrutura da Corregedoria da instituição, que antes era vinculada à presidência e passou a ser ligada ao Conselho de Administração.

Segundo o banco, as alterações foram feitas para "reforçar a autonomia e isonomia da atuação da Corregedoria" e proporcionar "melhor comunicação interna, otimização, eficiência e fluidez na gestão de pessoas e processos".

Denúncias de assédio - Em junho, diante da renúncia do então presidente do banco Pedro Guimarães por suspeita de assédio, a Caixa confirmou que já havia recebido denúncias e informou que estava investigando o caso desde maio deste ano. Em comunicado divulgado para a imprensa na época, o banco destacou que o tema vinha sendo tratado pela Corregedoria de forma interna e em sigilo.

“A Caixa repudia qualquer tipo de assédio e informa que recebeu, por meio do seu canal de denúncias, relatos de casos desta natureza na instituição. A investigação corre em sigilo, no âmbito da Corregedoria, motivo pelo qual não era de conhecimento das outras áreas do banco”, divulgou.

O banco ainda afirmou na nota que fez contato com a pessoa que realizou a denúncia e promoveu "diligências internas que redundaram em material preliminar". Esse material está em processo de avaliação. "Portanto, a Corregedoria admitiu a denúncia e deu notícia ao/à denunciante, se colocando à inteira disposição para colher o seu depoimento, mantendo seu anonimato."

Investigação do Ministério Público Federal - Pedro Guimarães é alvo de uma investigação do Ministério Público Federal (MPF). Denúncias de que ele assediava sexualmente mulheres no banco foram reveladas pela imprensa. De acordo com a apuração, os casos teriam ocorrido com empregadas do próprio banco que se sentiram abusadas pelo economista em diferentes ocasiões, em eventos ou viagens de trabalho.

O Ministério Público do Trabalho (MPT) também abriu uma investigação preliminar para apurar as denúncias e o Tribunal de Contas da União (TCU) solicitou informações à Caixa sobre quais mecanismos e procedimentos foram adotados para prevenir assédio sexual e moral.

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