Com a prisão de dois rapazes de 25 e 22 anos, em Campo Grande, no último sábado (8), a Denar (Delegacia Especializada de Repressão ao Narcotráfico) enfraqueceu uma quadrilha que enviava entorpecentes para outros estados pelos Correios. Em uma casa no Núcleo Habitacional do Buriti, a polícia desmontou um laboratório artesanal e apreendeu 242kg de maconha e haxixe.
As porções de droga eram enviadas em meio a objetos como garrafas térmicas, motores de máquinas e até dentro de ar-condicionado na tentativa de dificultar o trabalho de fiscalização dos Correios.
Um dos presos, é apontado pela polícia como “chefe” do esquema. Ele estava sendo investigado pela Denar há pelo menos cinco meses. Sua função era de armazenar a droga, receber os pedidos via WhatsApp e fazer as postagens nos Correios.
Em um veículo Gol preto, o rapaz de 25 anos, passava por várias agências dos Correios, em Campo Grande, para enviar entorpecentes a outros estados, sem que a polícia desconfiasse. O parceiro de 22 anos foi contrato por ele para acompanha-lo.
Depois da prisão, ele levou os policiais até a casa onde a droga foi apreendida, assim como uma balança de precisão e petrechos usados no preparo do haxixe, como liquidificador e álcool etílico. Os criminosos eram organizados e guardavam todos os comprovantes de envio. Os investigadores encontraram mais de 40 deles.
Apesar do "chefe" do esquema ter sido preso, a polícia procura por mais integrantes da quadrilha que atuava há cerca de um ano, na Capital.
Na semana passada, a Denar, em parceria com a Polícia Civil do Espírito Santo, prendeu três pessoas que foram até uma agência dos Correios retirar a droga enviada pela quadrilha de Campo Grande.
“Os criminosos se utilizam de expedientes para dificultar o trabalho da polícia, como apresentação de documento e endereço falsos, na hora de colocar o destinatário do envio. Além de esconder a droga dentro de outros objetos, mas a Polícia Civil de Mato Grosso do Sul, por meio da Denar, tem trabalhado com as delegacias de outros estados e a segurança dos Correios para coibir este tipo de tráfico”, explicou o delegado da Denar, Hoffman D’Ávila.
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