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Em 6º dia de violência, 23 presos fogem de presídio no Ceará

A fuga ocorreu durante o banho de sol na manhã desta segunda-feira (7). Secretaria não informou se algum detento foi recapturado

Cidades|Plínio Aguiar e Fabíola Perez, do R7

Homens da Força Nacional foram enviados ao Ceará para conter ataques
Homens da Força Nacional foram enviados ao Ceará para conter ataques Homens da Força Nacional foram enviados ao Ceará para conter ataques

No sexto dia consecutivo de ataques em cidades do Ceará, 23 presos fugiram da Cadeia Pública de Pacoti, a 105 km de Fortaleza, na manhã desta segunda-feira (7). De acordo com a Sejus (Secretaria da Justiça e Cidadania), a fuga ocorreu durante o banho de sol.

Os detentos conseguiram pular o muro do espaço e, em seguida, tendo acesso a área externa. A pasta não informou se algum preso foi recapturado até as 14h40. Na cadeia, existiam 31 presos antes da fuga, segundo informou o órgão. 

Em nota, a Secretaria informou que os procedimentos de busca foram iniciados na região.

Transferência de líderes de facções

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O governo federal, por meio do MJSP (Ministério da Justiça e Segurança Pública), disponibilizou 60 vagas em presídios federais de segurança máxima para detentos que estão em penitenciárias do Ceará. Segundo a Secretaria de Administração Penitenciária do estado, um preso já foi transferido e outros 19 estão sendo encaminhados nas próximas horas, totalizando 20 transferências de forma imediata.

A identidade dos detentos não foi divulgada, mas são lideranças das facções que atuam no estado, vinculadas a grupos como o CV (Comando Vermelho) e GDE (Guardiões do Estado). Também não foi informado para quais dos cinco presídios federais os presos estão sendo remanejados. O governo analisa a transferência de mais presos ao longo dos próximos dias.

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Força Nacional

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, autorizou, na sexta-feira (4), o envio de tropas federais para o Ceará. Cerca de 300 homens e 30 viaturas da Força Nacional chegaram no sábado (5). Os agentes irão atuar por 30 dias em ações de segurança e apoio à PF (Polícia Federal), à PRF (Polícia Rodoviária Federal), ao Depen (Departamento Penitenciário Nacional) e às forças policiais estaduais. Caso necessário, o prazo de atuação da FN poderá ser prorrogado.

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A decisão foi tomada após os episódios de violência registrados e à dificuldade das forças locais combaterem sozinhas o crime organizado. Também foram consideradas a gravidade dos fatos, a necessidade de manutenção da segurança pública e o dever das forças policiais federais e estaduais de, por ação integrada, proteger a população civil e o patrimônio público e privado de novos incidentes.

Ataques

Os ataques foram feitos após a declaração do novo secretário de Administração Penitenciária do Estado, Luís Mauro Albuquerque, de que não reconhece facção criminosa no Ceará. Ele confirmou que a divisão de presos por unidades não irá mais obedecer a distribuição por vínculos com organizações criminosas.

Veja também: GDE é facção nova e tem 'crueldade como marca', diz sociólogo

O governador Camilo Santana, que assumiu na terça-feira (1º) o segundo mandato, para o qual foi reeleito em outubro de 2018, havia dito em janeiro do ano passado que das 441 mortes registradas nos primeiros 29 dias de 2018, 84% eram vinculadas às facções criminosas. O principal grupo criminoso do Ceará é o GDE (Guardiões do Estado).

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