Logo R7.com
Logo do PlayPlus
Publicidade

Estudantes mortos em ataque em Goiânia serão enterrados hoje

Autoridades acreditam que jovem cometeu crime motivado por bullying

Cidades|Agência Brasil

Vigília é realizada na porta da escola particular Colégio Goyases, localizada na Rua Planalto, no Conjunto Riviera, em Goiânia (GO)
Vigília é realizada na porta da escola particular Colégio Goyases, localizada na Rua Planalto, no Conjunto Riviera, em Goiânia (GO) Vigília é realizada na porta da escola particular Colégio Goyases, localizada na Rua Planalto, no Conjunto Riviera, em Goiânia (GO)
Adolescente autor do ataque, de 13 anos, agiu supostamente motivado por bullying
Adolescente autor do ataque, de 13 anos, agiu supostamente motivado por bullying Adolescente autor do ataque, de 13 anos, agiu supostamente motivado por bullying

Os corpos dos dois adolescentes mortos no ataque a tiros no Colégio Goyazes, em Goiânia, serão enterrados na manhã de deste sábado (21) em cemitérios da cidade. Os corpos foram liberados pelo IML (Instituto Médico Legal) na noite de desta sexta-feira (20) e estão sendo velados desde a madrugada.

Um dos sepultamentos ocorrerá às 10h no cemitério Parque Memorial, e o outro às 11h, no Cemitério Jardim das Palmeiras.

Os dois adolescentes foram mortos a tiros por um colega de classe que abriu fogo em sala de aula. Mais quatro adolescentes ficaram feridos e estão internados, um deles em estado gravíssimo. De acordo com as investigações, o adolescente autor do ataque, de 13 anos, agiu motivado por bullying e disse ter se inspirado nos casos de Columbine, nos Estados Unidos, e Realengo, no Rio de Janeiro, em que atiradores também abriram fogo dentro de escolas.

Leia também

Na noite dessa sexta, pais de alunos, ex-alunos e vizinhos participaram de uma vigília em frente ao Colégio Goyazes, considerado tradicional na capital goiana e referência na capital.

Publicidade

Bom aluno e escola tradicional

A escola particular funciona há cerca de 25 anos no mesmo bairro, com turmas do maternal ao 9ª ano do ensino fundamental. De acordo com estudantes que estavam no local e não quiseram se identificar, vários dos alunos da turma vítima do ataque estão na escola desde a primeira infância.

Publicidade

Os dois filhos de Sandra Oliveira Santos foram alunos do colégio, um deles por dez anos. “Nós estamos dando força para a Tia Rose, para ela entender que estamos do lado dela”, disse a mãe dos ex-alunos. Tia Rose é o apelido da diretora do colégio.

Por conhecer os professores e a direção, Sandra acredita não ter havido negligência no caso de bullying relatado pelo adolescente. “A escola tem um sistema bem atualizado em pedagogia, os professores são preparados, a Tia Rose faz questão de trazer projetos inovadores, eu sou coparticipante desses projetos de educação, sei que não deixou de haver projeto de discussão de bullying”.

Publicidade

De acordo com o delegado do caso, Luiz Gonzaga, em conversas preliminares na tarde de sexta-feira, pais e professores relataram que o estudante autor dos disparos é bom aluno. “Conversei com o pai, com membros da escola, a coordenadora e professores, era um ótimo aluno, com ótimas notas, nada que denotasse uma prática de um crime tão grave”, afirmou. A relação com os pais, segundo o depoimento do estudante, também era boa.

“Este é um caso pontual, temos de entender como um caso pontual, o adolescente agiu com certeza em desequilíbrio emocional, talvez, como ele diz, inspirado em outras tragédias e, claro, segundo ele, motivado por um bullying de um colega específico. Ele resolveu matar esse colega”, relatou o delegado responsável por ouvir o adolescente, que foi atendido na presença de seu advogado. O pai dele também estava presente na oitiva e ambos confirmaram, sem detalhes, que o estudante já passou por tratamento psicológico.

O jovem também afirmou no depoimento que não procurou professores ou a coordenadora da escola para relatar a situação de bullying que sofria. Os professores confirmaram ao delegado que não receberam queixas deste tipo por parte do adolescente.

Todos os envolvidos devem ouvidos novamente pela polícia, inclusive o adolescente, que foi apreendido em flagrante delito, de acordo com o delegado do caso. O resultado da investigação será remetido para o Ministério Público.

Últimas

Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com oAviso de Privacidade.