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'Achei que fosse morrer', diz vítima de bala perdida em Cariacica

A mulher, de 46 anos, segue internada em um hospital; o ferimento causado pelo tiro foi grave e ainda será necessário que ela passe por uma cirurgia

Folha Vitória|

A mulher atingida durante um confronto armado, no bairro Nova Rosa da Penha I, em Cariacica, segue internada e deve passar por uma cirurgia na próxima semana. Há 11 anos, a filha dela também foi baleada durante um tiroteio na mesma região.

O momento dos disparos, que atingiram a vítima, de 46 anos, foi gravado por moradores da região. Ela não aparece nas imagens, mas passava pela rua quando foi atingida. 

"Eu estava indo para casa, quando virei a esquina, algumas pessoas estavam vindo atirando. Eu corri para o canto. Só que quando eu corri, a bala atingiu a minha perna e eu cai. Fechei o olho e comecei a gritar por Jesus", contou.

O confronto armado aconteceu, na última segunda-feira (05), entre gangues rivais que disputam o ponto do tráfico da região. No momento do tiroteio, a rua estava movimentada, com muitas pessoas passando, inclusive crianças.

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Socorrida por vizinhos

Após ser baleada, ela não conseguiu andar e precisou ser socorrida por vizinhos. "A população me acolheu. Logo depois chegaram três viaturas, só que as viaturas que chegaram não prestaram socorro para mim. Quem me socorreu foram os populares", destacou.

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A mulher contou que achou que fosse morrer. "Eu cheguei a ficar meio inconsciente. Eles passaram álcool na minha mão e no meu rosto. Eu fui voltando ao normal e cheguei consciente ao hospital". 

Folha Vitória
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Internada, ela está com pinos por toda a perna. O ferimento causado pelo tiro foi grave e faturou o osso da vítima. "Vou passar por uma cirurgia na semana que vem. Um osso foi separado e eu estou com muita dor. Só estou conseguindo me manter com base em remédio", disse. 

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Filha também foi baleada

Essa não é a primeira vez que a família é alvo de uma bala perdida. Em 2010, a filha dela, que na época tinha apenas 9 anos, foi baleada nas costas na mesma região. 

"Segundo os médicos, ela não ficou paraplégica por um milagre. A bala subiu até perto a vertebra da coluna, mas desapareceu e nem os médios acharam", relatou.

A vítima mora com os três filhos e trabalha o dia todo para sustentar a família. Traumatizada, ela não sabe como irá voltar à rotina e conta que pensa em se mudar. 

"Vontade de sair dali eu tenho, só que não tenho condições de comprar uma casa fora dali. Eu não suporto mais aquele lugar, é só tristeza na minha vida. Eu que sou a chefe da casa. Olha a situação que eu estou, na cama. Minha cabeça está transtornada com essa situação toda", desabafou.

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