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Após morte de ciclista em ponte, Federação de Ciclismo pede mudanças nas vias

Por falta de fiscalização e com várias ocorrências de assaltos na passarela, muitos ciclistas optam por compartilhar o espaço com os veículos

Folha Vitória|Do R7

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Vidas perdidas e dezenas de assaltos registrados em uma única ponte. A morte de Pedro Paulo Alves, conhecido como Pepe, neste domingo (27), é mais uma a compor os dados da Federação Espírito Santense de Ciclismo. O rapaz morreu após ser atropelado na ponte Florentino Ávidos, em Vitória.

A "Cinco Pontes", como é conhecida, foi a primeira a ligar a ilha de Vitória ao continente, em 1927. Planejada para a passagem de trens, logo a ponte se tornou uma das principais ligações entre a capital do Espírito Santo e Vila Velha. Atualmente, diversos veículos, ciclistas e pedestres passam pelo local todos os dias. 

A passarela da ponte é compartilhada entre pedestres e ciclistas. O espaço estreito está longe de ser o maior desafio de quem passa pelo local. O medo de ser vítima de um assalto assombra quem pedala ou caminha por lá. 

No ano passado, Carlos Renato Souza, de 45 anos, foi vítima de um roubo e acabou morto na passarela da ponte. Meses após o crime, a polícia prendeu dois rapazes suspeitos de cometer o assassinato.

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Leia também: Ciclista morto durante assalto na Cinco Pontes fazia o trajeto há mais 10 anos

Por causa da insegurança, há quem se arrisque em compartilhar a pista com os veículos. Foi o que correu com Pepe neste domingo (27). Segundo testemunhas, ele passava na pista principal da ponte quando se desequilibrou, caiu e foi atropelado por um ônibus.

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O especialista em trânsito Gregório Repsold explica que a lei de trânsito determina que quando não há ciclovia, os ciclistas devem dividir a pista com veículos automotores. "O Código de Transito Brasileiro prevê que os ciclistas dividam a pista com os veículos no mesmo sentido da via. Os ciclistas devem permanecer do lado direito. O motorista precisa reduzir a velocidade quando ver uma bicicleta e manter uma distância de um metro e meio. 

O presidente da Federação Espírito Santense de Ciclismo, Marcos Paulo Silva, defende a criação de uma ciclo-rota na ponte. "Estamos sugerindo que seja realizado uma ciclo-rota, com sinalização vertical e na pista e redução da velocidade da via para 30km/h. Considerando que é um trecho de conexão entre os municípios, também pedimos para excluir o tráfico de veículos pesados", explicou. 

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Outras soluções também são discutidas. Gregório lembra que criar uma passarela destinada somente à passagem de ciclistas e outras apenas para pedestres pode ser uma solução. Ele acredita que não há espaço suficiente na estrutura da ponte para criar uma ciclo-rota. "O ideal seria que o poder público definisse uma passarelas para ciclista e a outra para pedestres. Muitas vezes vem alguém na contramão e fica difícil dividir o espaço. Para criar uma ciclo-rota é preciso prever mudanças no trânsito da região", disse. 

Enquanto os debates para encontrar uma solução segura para a passagem de ciclistas na ponte Florentino Ávidos acontecem, familiares e amigos sentem a morte de Pepe. O velório do rapaz foi marcado por homenagens e aplausos na esperança de que episódios assim, não voltem a ocorrer.

O DER informou que não há projetos para a Ponte Florentino Ávidos. Segundo o órgão, atualmente acontece um processo de transferência da administração da via para a Prefeitura de Vitória.

*Com informações da repórter Milena Martins, da TV Vitória/Record TV.

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