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Especialistas afirmam que variante do coronavírus pode aumentar risco de reinfecção

Apesar de raros os casos de reinfecção é preciso manter os cuidados; atualmente 40 casos estão sob suspeita no Espírito Santo

Folha Vitória|Do R7

Folha Vitória
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O surgimento da nova variante do coronavírus e dos casos de reinfecção assustam, apesar desses registros serem raros especialistas alertam que os cuidados devem ser mantidos, pois a nova variante pode colaborar para o surgimento de reinfecções pela covid-19.

A reinfecção é uma realidade e o consultor de vendas de plano de saúde, Ronildo Silva, de 41 anos, sentiu na pele o problema, mas não uma e sim duas vezes. Ele conta que o primeiro resultado positivo aconteceu em novembro e o novo diagnóstico surpreendeu ele.

"Sinceramente eu não achei que teria como. A gente tem todas as regras como o uso de máscara, higienização e mesmo assim fui infectado novamente pelo vírus", disse.

Estudos mostram que o diagnóstico só pode ser considerado reinfecção se surgir três meses após a primeira infecção. 

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"Você tem um PCR positivo e depois de um dado momento tem um segundo positivo não significa com 10 de certeza que se trata de reinfecção. Tem que separar reativação de reinfecção, porque pode existir um fenômeno que é a latência, o vírus está presente, ele diminui, não foi totalmente eliminado e volta a ressurgir. No caso do coronavírus, ele pode ter sido resolvido, mas o seu organismo continua excretando pedaços do genoma do vírus por um tempo prolongado", apontou o diretor do Laboratório Central de Saúde Pública do Espírito Santo (Lacen), Rodrigo Rodrigues.

Rodrigo ainda cita casos na literatura médica onde pessoas que não possuem mais a doença, continuam mostrando resultado positivo por até 83 dias.

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No Laboratório Central do Estado, cerca de 40 casos suspeitos de reinfecção estão em investigação. Desde o início da pandemia nenhum caso suspeito de reinfecção apresentou relação com a variante inglesa.

De acordo com o diretor do Lacen, a circulação das variantes no estado aumenta o risco de reinfecção devido às mutações ocorridas. Ele também destaca que o tempo entre uma infecção e outra pode ser ainda menor.

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"A resposta imune contra o primeiro, pode não ser suficiente para o segundo. Porém, no caso da variante inglesa, existem estudos que mostram que soro de pessoas que já tiveram a doença anteriormente são eficazes na neutralização da variante do Reino Unido", afirmou.

Ainda é cedo para afirmar quantas vezes uma pessoa pode se reinfectar, o diretor afirma que são necessários mais estudos.

"Apesar de hipotético e teoricamente possível ,a reinfecção hoje para casos de coronavírus são raras, frente ao volume de casos no mundo", salientou.

Com base em estudos sobre outras doenças e nas observações feitas durante a pandemia, o diretor do Laboratório Central afirma que os anticorpos contra a covid-19 podem permanecer no organismo humano pelo período de dois até oito meses. Ele garante que a vacina é a melhor proteção.

"Se a pessoa não teve, ela precisa de um estímulo para produzir uma proteção e no caso esse estímulo é a vacina. Para pessoas que já tiveram e estão tomando a dose da vacina, o que nós acreditamos é que essas pessoas terão uma proteção até maior", lembrou.

* Com informações da repórter Fernanda Batista, da TV Vitória/Record TV.

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