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Idosa morre após ser atropelada em Aracruz; condutora aprendia a dirigir com o companheiro

Marilza de Oliveira estava sentada na calçada quando foi atingida pelo carro desgovernado

Folha Vitória|

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Dor, sofrimento e muita saudade. Esses são os sentimentos que ficaram para a família de Marilza de Oliveira Conceição, de 60 anos. A idosa morreu após ser atropelada por uma mulher que estava aprendendo a dirigir fora de uma autoescola, no bairro Morobá, em Aracruz, no Norte do Espírito Santo. 

Marilza estava sentada em uma calçada quando foi atingida pelo veículo desgovernado. A filha Fernanda Silva, contou que quando chegou ao local, viu a mãe no chão. 

"Atropelou a minha mãe. Ela passou por cima dela, deu ré e passou por cima dela novamente. Pessoas que estavam no local conseguiram tirar o carro de cima dela. Ela estava com as mãos geladas e agonizava muito. Ela estava com muitos ossos quebrados, fêmur, bacia, pés", contou.

Família em choque

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A notícia da morte da idosa deixou em choque todos os familiares. Segundo a filha de Marilza, o acidente ocorreu na tarde do dia 06 de junho enquanto um homem ensinava uma mulher a dirigir. "Foi a primeira vez que ela tinha pegado no volante e ela tinha feito o uso de bebida alcóolica. No teste que ela fez, deu 0,26 de teor alcoólica", afirmou.

A idosa era querida pela família, não gostava muito de fotos e vídeos, mas sempre aproveitava os momentos que tinha com os netos. "Nós estávamos no melhor momento de nossas vidas. Estávamos realizando parte dos nossos sonhos. Minha mãe estava vivenciando a maior emoção da vida dela, que foi a adoção do meu irmão, por quem ela lutou seis anos na Justiça. Acabou de sair a guarda definitiva dele, mas não deixaram ela vivenciar esse momento". 

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Apenas profissionais

O especialista em trânsito Josimar Amaral lamenta que esse tipo de atitude por parte de alguns condutores, que insistem em se passarem por instrutores de trânsito, aconteçam. 

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"Nós sabemos que o ato de familiares como pais, namorados, irmãos ou até mesmo amigos que se dispõem a ajudar alguém que não tem habilitação a conduzir um veículo. Esse processo só deve ser feito por profissionais credenciados pelo Departamento de Trânsito (Detran)", ressaltou. 

A morte da capixaba não foi a única. De janeiro a abril deste ano, 212 pessoas morreram em decorrência da violência no trânsito no Espírito Santo. As mortes por atropelamento somam 32. Entre as vítimas dos acidentes, a maioria tinha entre 35 e 44 anos, e cerca de 83% do total são do sexo masculino. 

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No último dia 07, um idoso de 64 anos morreu atropelado na reta da Penha, em Vitória. Com o impacto da colisão, o vidro do carro de passeio ficou danificado. Uma equipe do Samu foi acionada, mas o homem não resistiu aos ferimentos.

Testemunhas contaram que a vítima tentava atravessar a pista quando foi atingida pelo carro, que seguia sentido Centro de Vitória. De acordo com a Polícia Militar, o motorista fez o teste do bafômetro e deu negativo. 

Um outro caso envolveu a jovem Amanda Marques e o namorado, Matheus Silva. O casal estava em uma moto e voltava para casa quando foi atingido por um carro na rodovia Darly Santos, em Vila Velha. Amanda morreu no acidente e o namorado ficou hospitalizado. O homem que dirigia o carro, Wagner Nunes Paulo, foi preso e aguarda uma decisão da Justiça

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No caso da morte da idosa em Aracruz, a família pede para que o acidente seja apurado e não caia no esquecimento. "Meu apelo é para que ela não seja apenas um número. A gente merece que a justiça seja feita. Eles estão aí, soltos, prontos para fazer outras vítimas", afirmou a filha.

A Polícia Militar informou que durante o atendimento da ocorrência, um homem, de 39 anos, se apresentou como dono do carro e contou que estava ensinando a companheira, de 38 anos, a dirigir. Ele disse que ela confundiu os pedais do veículo e acionou o acelerador, em vez dos freios, e acabou atropelando a idosa. 

A Polícia Civil informou que o fato está sendo investigado pela Delegacia Especializada de Infrações Penais (DIPO) de Aracruz. Os envolvidos foram identificados e intimados. Para que a apuração seja preservada, nenhuma outra informação será repassada.

*Com informações do repórter Douglas Camargo, da TV Vitória/Record TV. 

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