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Mais de um mês após anunciar socorro a empresários, governo do ES ainda não liberou recurso

Fundo de Proteção ao Emprego conta com um aporte de R$ 250 milhões do tesouro estadual. Presidente do Bandes afirma que recurso ainda não foi repassado ao fundo, mas que isso pode acontecer ainda nesta semana

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Há cerca de 40 dias, o governo do Estado anunciou que concederia uma linha de crédito para socorrer os empresários capixabas mais afetados pelas restrições impostas pela pandemia do novo coronavírus. Trata-se do Fundo de Proteção ao Emprego, voltado principalmente para setores como bares e restaurantes, hotéis, eventos, esporte e cultura.

O fundo conta com um aporte de R$ 250 milhões do tesouro estadual, disponíveis para empréstimos. Os juros são da taxa Selic, hoje em torno de 2,7%, e o empreendedor tem 60 meses para pagar o financiamento. 

A grande novidade é que a concessão de crédito será feita sem consulta aos órgãos de proteção. Em outras palavras, quem está inadimplente também pode pleitear os recursos. Só não vale para quem tem débito previdenciário.

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No entanto, até agora, nenhum empreendedor recebeu essa ajuda do governo estadual. É o caso dos empresários Bruno Trindade e Leandro Pancieri. Os dois são de Colatina, na região noroeste do estado, e estiveram em Vitória, nesta terça-feira (27), para apresentar a papelada necessária para a análise do Banco de Desenvolvimento do Espírito Santo (Bandes), responsável pelo financiamento.

Bruno é dono de um restaurante e conta que está com muitas dívidas por causa das restrições de funcionamento de seu estabelecimento. Dos 15 funcionários que ele tinha antes da pandemia, sobraram apenas sete. O empresário, então, resolveu recorrer à linha de empréstimo do Bandes.

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"Desde que iniciou a pandemia, nós tivemos muitos problemas financeiros. Isso gerou algumas dificuldades na obtenção de alguns documentos, o que dificultou também a obtenção dos créditos que foram propostos pelo governo", afirmou.

Já Leandro também tem um restaurante, que também funciona como cerimonial e produtora de eventos, setor que praticamente parou de um ano para cá. 

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"O setor de eventos foi o primeiro a parar e, provavelmente, será o último a voltar. O que a gente precisa realmente é de um auxílio. Essa proposta do Bandes, nesse auxílio emergencial, é muito interessante. Graças a Deus a nossa empresa não se encontra com débito em aberto, porém a gente ainda está esperando que isso seja aprovado, que o auxílio realmente saia e que saia na mão do empresariado que realmente necessita", frisou.

O presidente do Bandes, Munir Abud de Oliveira, explicou que o banco ainda aguarda os recursos do tesouro estadual, o que, segundo ele, pode acontecer ainda nesta semana.

"Nós estamos apenas aguardando a transferência dos recursos do tesouro estadual para o fundo, para que possamos inaugurar os primeiros repasses. Nós já temos alguns processos em estágio avançado de análise, alguns processos, inclusive, com um pré-deferimento, e tão logo esse recurso chegue, haverão as primeiras liberações, possivelmente ainda esta semana", ressaltou.

Ao todo, 332 empreendedores capixabas já procuraram o Bandes, na esperança de conseguir um dinheiro emprestado para manter o negócio vivo na pandemia. Segundo a instituição, desse total, dez acabaram desistindo do pedido e outros 105 foram negados. O restante dos processos, de acordo com o Bandes, ainda está sob análise há mais de 20 dias.

"Nós temos alguns pedidos que não se enquadraram nos ditames legais do fundo. Esses pedidos são descartados e, dentro daqueles pedidos que já contemplam uma prévia aprovação, nós temos mais de 100 empresas", disse o presidente do banco.

Com informações do repórter Alex Pandini, da TV Vitória/Record TV 

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