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Não se vacinar contra covid-19 pode contribuir para o surgimento de novas variantes

Mutação do coronavírus ocorre em infectados e vacina reduz o risco de infecção; não imunizados têm 11 mais chance de morte

Folha Vitória|

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Mais que não garantir sua própria proteção, quem escolhe não se vacinar contra covid-19 coloca todos à sua volta em risco. Isso porque, esta pessoa pode se tornar um foco para o surgimento de novas variantes do vírus. 

Segundo um relatório do Centro de Controle e Prevenção de Doenças, do governo dos Estados Unidos, além de contribuírem para o surgimento de variantes, pessoas não vacinadas têm 11 vezes mais chance de hospitalizações e morte por covid-19 em relação àquelas que receberam vacina.

O infectologista Renato Grinbaum, consultor da Sociedade Brasileira de Infectologia, explicou que isso acontece porque a mutação do coronavírus ocorre em infectados, e os indivíduos vacinados têm o risco de infecção reduzido. 

“A vacina faz com que o corpo tenha defesas contra o vírus. Uma pessoa vacinada até pode apresentar sintomas, porque o vírus é rápido, mas as defesas que já possui serão ativadas e dificilmente possibilitará que o vírus evolua de forma grave. Assim, uma pessoa vacinada, na maioria das vezes, não terá grande replicação viral, dificultando o surgimento de variantes, diferentemente de quem não recebeu o imunizante e não possui proteção contra o vírus”, afirma o especialista.

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Veja como ocorrem as mutações do vírus em um indivíduo não vacinado

Renato Grinbaumressalta que apesar de o surgimento de novas variantes acontecer durante o período de infecção pelo vírus, a pessoa que foi "hospedeira" dessa mutação provavelmente não experimentará suas consequências, apenas as que se infectarem na sequência.

“Se uma pessoa infectada desenvolver uma cepa mutante, provavelmente não sofrerá as consequências desta variante, mas poderá transmiti-la para outras pessoas”, aponta.

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Mutações são eventos normais e esperados, mas podem trazer riscos

A infectologista Andyane Tetila, presidente da Sociedade de Infectologia de Mato Grosso do Sul, explicou que as mutações de um vírus são um evento natural e esperado dentro do seu processo evolutivo. 

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“Quando um vírus está circulando amplamente entre a população, a probabilidade de sofrer mutação aumenta. Quanto mais oportunidades um vírus tem de se espalhar, mais ele se replica", afirma.

Ainda de acordo com a especialista, a maioria dessas mutações não provoca grande impacto na doença, mas podem surgir cepas mais transmissíveis e letais.

"A maioria das mutações virais têm pouco ou nenhum impacto na capacidade do vírus de causar infecções e doenças. Mas, dependendo de onde as alterações estão localizadas no vírus, podem afetar as suas propriedades, como a transmissão ou gravidade", acrescenta.

Entenda o que são as variantes de preocupação

Andyane alerta para as variantes consideradas de preocupação pela OMS, que podem ser mais transmissíveis, com maior risco de escapar de vacinas e com maior potencial para provocar doença grave. As quatro variantes de preocupação são: Alfa (Reino Unido), Beta (África do Sul), Gama (Brasil) e Delta (Índia).

“Existem novas variantes que permanecem com a mesma característica do vírus original e outras que compõem linhagens com maior transmissão, maior chance de desenvolver a doença e mais formas de escapar da proteção fornecida pelas vacinas. Essas são as variantes de preocupação", explica.

Ainda de acordo com a especialista, a melhor forma de eveitarmos o surgimento de novas variantes seria evitando a circulação do vírus. As principais medidas de prevenção são a vacinação, uso de máscara, distanciamento, evitar aglomerações e higiene das mãos.

*Com informações do Portal R7

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