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Novo pico de covid-19: ES tem números mais expressivos do que os registrados no meio do ano

Na semana entre 28 de junho e 4 de julho, foram registrados 9.035 casos. Já na semana entre os dias 15 e 21 de novembro, foram 9.219

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O aumento recente nos casos de coronavírus no Espírito Santo causou um novo pico da doença, que há duas semanas chegou a superar o auge da contaminação, ocorrido entre junho e julho. Na semana entre 28 de junho e 4 de julho, foram registrados 9.035 casos. Já na semana entre os dias 15 e 21 de novembro, foram 9.219.

O alerta foi dado pelo próprio secretário estadual da Saúde, Nésio Fernandes, em sua conta no Twitter. No último domingo (5), o Espírito Santo chegou à marca dos 200 mil casos de covid-19, desde o início da pandemia. Além disso, a doença já matou cerca de 4,4 mil pessoas no estado.

O maior registro de casos em um único dia tinha sido em 22 de junho, quando 2.003 pessoas haviam testado positivo. A marca, no entanto, foi superada no último dia 23 de novembro, com 2.026 registros. 

Segundo o secretário, parte desse aumento é explicado pela ampliação da testagem. Em junho, o Laboratório Central do Estado (Lacen-ES) e a rede privada realizaram 31,8 mil testes de RT-PCR. Em novembro, o número passou de 70 mil, ou seja, mais que dobrou. 

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Entretanto, apenas o aumento no número de testes não explica o novo pico da doença. Nésio Fernandes elenca os feriados prolongados, as aglomerações, principalmente nas praias, e o período de campanha eleitoral como fatores importantes na aceleração do contágio.

Apesar do número de casos da covid-19 estar em alta no Espírito Santo, a taxa de ocupação de leitos não segue a mesma proporção. Atualmente, contando todos os leitos de UTI com capacidade para receberem pacientes infectados com o coronavírus, a ocupação no estado está em 58,18%. No primeiro pico da pandemia, na metade do ano, essa taxa chegou à casa dos 90%.

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Para a médica infectologista Rubia Miossi, a menor taxa de ocupação se dá, entre outros fatores, porque, depois de nove meses de pandemia, os profissionais da saúde estão mais bem preparados para lidar com ela.

"Antes a gente testava justamente quem era a população que tinha risco maior de adoecer grave, ficar internado e precisar de um leito de CTI. Hoje em dia não tem mais essa restrição. É testado independente da idade ou de ter um fator de risco. A gente tem hoje um número muito maior de jovens positivos do que tinha antes. Quem aumentou, de fato, a grande positividade dos exames foi a população mais jovem. E, de fato, não é esperado que a população mais jovem precise de internação hospitalar ou de leito de CTI, pela característica própria da doença, que a gente já conhece desde março", destacou.

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"Um outro fator é: quando esse paciente chega hoje num hospital, ele encontra uma equipe mais preparada para avaliá-lo, avaliar se ele precisa internar ou não. A gente não interna todo mundo, como lá no começo. Todo mundo que aparecia no hospital, a gente estava preocupado, não sabia como ia evoluir, e internava só por ter o fator de risco, e não por apresentar a doença moderada. Hoje essa classificação de risco é muito melhor feita", acrescentou a infectologista.

Com informações do repórter Alex Pandini, da TV Vitória/Record TV 

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