Um pedreiro foi preso na manhã desta segunda-feira (07) após agredir a mulher dentro de casa, em Cariacica. O caso aconteceu por volta das 6h em uma residência localizada no bairro Castelo Branco.
O suspeito, Wemerson Amorim Alochio, de 45 anos, foi pego em flagrante pela polícia. De acordo com a vítima, ele teria tido uma crise de ciúmes após ver uma mensagem no celular da esposa, uma vendedora de 33 anos de idade.
A mulher conta que o indivíduo teria tentado enforcar ela com um cinto. "Ele me deu um tapa, me deu soco no rosto, enfiou o celular dele na minha boca e jogou minha cabeça contra a parede", conta a vítima, que sofreu as agressões em frente aos filhos pequenos.
"Ele disse assim: vou quebrar o seu pescoço. Logo depois ele tirou o cinto, enrolou na mão e colocou no meu pescoço. Toda hora eu tirava. A minha filha também me ajudava", relata a vendedora
A filha mais velha, de 14 anos, conseguiu tirar os irmãos, de 6 e 3 anos de idade, pela janela da residência e foram buscar abrigo na casa de vizinhos, que chamaram a polícia. As agressões foram intensificadas, até que os policiais chegaram à residência. "Quando ele abriu (a porta) e viu que eram os policiais, ele fechou na cara deles. Um policial então disse que ele estava tentando me matar e deu um 'chutão' na porta", conta a vendedora à reportagem da TV Vitória.
Os policiais presenciaram a agressão e deram voz de prisão ao sujeito. Enquanto a vítima era socorrida pelos policiais, o agressor pulou a janela da residência e tentou fugir, mas logo foi localizado e preso. Ele foi autuado em flagrante por tortura, dano e injúria e encaminhado para o Centro de Triagem de Viana (CTV).
Agressões recorrentes
Não é a primeira vez que a vendedora, de 33 anos, é agredida pelo pedreiro. Juntos há 14 anos, ela conta que as agressões eram recorrentes. A vítima chegou a registrar boletim de ocorrência e ter decretada uma medida protetiva em favor dela, mas acabou descumprindo por se sentir pressionada pelo sujeito.
Assista ao relato
O indivíduo chegou a ameaçar a mulher de morte após a medida protetiva. Ela conta que o pedreiro afirmou que iria 'pegar ela' quando ela menos esperasse. "Ele disse que medida protetiva não salva ninguém, que polícia não vai ficar de guarda na minha casa para me vigiar (...), que quando menos eu esperar, ele iria me pegar, dentro de casa", diz a vendedora
"Hoje eu não quero mais saber dele mesmo. Eu gostaria muito que ele ficasse preso, que pagasse pelo que ele fez. Fora (da prisão) ele não vai melhorar. Ele não melhora", afirma.