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Taxista escutou gritos desesperados de mulher arrastada por carro em SC

Motorista fugiu após acidente e alega que não viu o corpo preso em seu veículo

Cidades|Do R7

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Um taxista ouviu os gritos desesperados da mulher que foi arrastada por 800 metros após uma briga de trânsito em Rio do Sul, cidade no Vale do Itajaí, em Santa Catarina. O acidente causou comoção no município. O motorista do carro, no entanto, alega que não percebeu que havia uma pessoa embaixo do veículo. Segundo a Polícia Civil, ele deve ser indiciado por tentativa de homicídio Reportagem: Márcia Francês, do R7
A vítima, de 40 anos, estava na garupa da moto pilotada pelo noivo. O acidente aconteceu na madrugada do último domingo (13). A mulher caiu da moto e foi parar embaixo do automóvel após uma discussão entre o companheiro e um motorista de 21 anos
Segundo a delegada Karla Bastos Miguel, da Delegacia de Proteção à Mulher, a vítima ficou presa entre as rodas dianteiras e traseiras do carro. — Estamos com dificuldade de entender a dinâmica desse acidente. Como essa moça ficou presa nesse carro? 
Karla contou que um taxista viu o acidente e tentou avisar o motorista que havia uma pessoa embaixo do carro. — Segundo o taxista, [a vítima] parecia aqueles bonecos de Olinda, ela vinha batendo os braços embaixo do carro. Aí o taxista pegou o carro e ainda bateu no vidro do carro dele: "Tem uma pessoa embaixo", disse. Segundo o taxista, ele não olhou direito e seguiu
O taxista conseguiu anotar a placa do carro e passou para a polícia. Os policiais foram até a casa do suspeito, mas ele não foi encontrado. O carro estava na residência e foi apreendido
De acordo com a delegada, a vítima ficou muito machucada. A mulher teve ferimentos no corpo inteiro: rosto, abdômen, joelhos, ombros, além de ter perdido os dois seios. — O taxista escutou os gritos desesperados dela. [...] Imagina tu ralando no asfalto, raspando o corpo...
A delegada contou ainda que o motorista fugiu do local do acidente, mas se apresentou na por volta das 19h30 de domingo, acompanhado do pai e do advogado. Ele chorou muito durante o depoimento
O motorista contou à polícia que foi fechado pela moto e xingado. Para não bater, ele teria subido na calçada. O jovem alega que fugiu pois o motociclista teria mexido em um objeto e, sem saber se era celular ou uma arma, preferiu fugir
Ainda em depoimento à delegada, o motorista teria dito que não percebeu que havia uma pessoa embaixo do carro nem ouviu os gritos da vítima. — Ele alega que não viu, mas é impossível. Qualquer motorista, se tu prender debaixo do teu carro um papelão, alguma coisa, tu escuta o barulho. Eu questionei ele: "Mas não escutaste um barulho no teu carro?" Ele disse que quando bateu a primeira vez já teve uma avaria e aquilo fez barulho. "Mas é impossível, a moça também gritou. O taxista escutou os gritos desesperadores dela", eu disse. Aí ele argumentou que estava com som alto
O motorista do carro foi ouvido e liberado. Segundo a polícia, ele não tem antecedentes criminais
O noivo da vítima também prestou depoimento ainda na madrugada de domingo e contou outra versão. Segundo ele, o motorista do carro fez uma manobra perigosa e fechou a moto. A delegada contou que ele confirmou que xingou o condutor. O motorista não teria gostado do desaforo e bateu de propósito na moto. — Essa versão é mais compatível pelo histórico que a gente está vendo [os indícios apontados pelo acidente]
O casal mora no município de Lages, na serra catarinense, e estava em Rio do Sul para um evento de motociclistas
A Polícia Civil esteve no Hospital Regional de Rio do Sul, para onde a vítima foi evada pelo Corpo de Bombeiros, mas não conseguiu falar direito com a mulher, que ainda se recupera dos ferimentos. Ela será ouvida novamente em outra oportunidade
A polícia vai ouvir também outras testemunhas e assistir as imagens das câmeras de segurança da rua onde aconteceu a batida. Além disso, será feita uma reconstituição do acidente, mas a data ainda será marcada

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Um taxista ouviu os gritos desesperados da mulher que foi arrastada por 800 metros após uma briga de trânsito em Rio do Sul, cidade no Vale do Itajaí, em Santa Catarina. O acidente causou comoção no município. O motorista do carro, no entanto, alega que não percebeu que havia uma pessoa embaixo do veículo. Segundo a Polícia Civil, ele deve ser indiciado por tentativa de homicídio Reportagem: Márcia Francês, do R7
A vítima, de 40 anos, estava na garupa da moto pilotada pelo noivo. O acidente aconteceu na madrugada do último domingo (13). A mulher caiu da moto e foi parar embaixo do automóvel após uma discussão entre o companheiro e um motorista de 21 anos
Segundo a delegada Karla Bastos Miguel, da Delegacia de Proteção à Mulher, a vítima ficou presa entre as rodas dianteiras e traseiras do carro. — Estamos com dificuldade de entender a dinâmica desse acidente. Como essa moça ficou presa nesse carro? 
Karla contou que um taxista viu o acidente e tentou avisar o motorista que havia uma pessoa embaixo do carro. — Segundo o taxista, [a vítima] parecia aqueles bonecos de Olinda, ela vinha batendo os braços embaixo do carro. Aí o taxista pegou o carro e ainda bateu no vidro do carro dele: "Tem uma pessoa embaixo", disse. Segundo o taxista, ele não olhou direito e seguiu
O taxista conseguiu anotar a placa do carro e passou para a polícia. Os policiais foram até a casa do suspeito, mas ele não foi encontrado. O carro estava na residência e foi apreendido
De acordo com a delegada, a vítima ficou muito machucada. A mulher teve ferimentos no corpo inteiro: rosto, abdômen, joelhos, ombros, além de ter perdido os dois seios. — O taxista escutou os gritos desesperados dela. [...] Imagina tu ralando no asfalto, raspando o corpo...
A delegada contou ainda que o motorista fugiu do local do acidente, mas se apresentou na por volta das 19h30 de domingo, acompanhado do pai e do advogado. Ele chorou muito durante o depoimento
O motorista contou à polícia que foi fechado pela moto e xingado. Para não bater, ele teria subido na calçada. O jovem alega que fugiu pois o motociclista teria mexido em um objeto e, sem saber se era celular ou uma arma, preferiu fugir
Ainda em depoimento à delegada, o motorista teria dito que não percebeu que havia uma pessoa embaixo do carro nem ouviu os gritos da vítima. — Ele alega que não viu, mas é impossível. Qualquer motorista, se tu prender debaixo do teu carro um papelão, alguma coisa, tu escuta o barulho. Eu questionei ele: "Mas não escutaste um barulho no teu carro?" Ele disse que quando bateu a primeira vez já teve uma avaria e aquilo fez barulho. "Mas é impossível, a moça também gritou. O taxista escutou os gritos desesperadores dela", eu disse. Aí ele argumentou que estava com som alto
O motorista do carro foi ouvido e liberado. Segundo a polícia, ele não tem antecedentes criminais
O noivo da vítima também prestou depoimento ainda na madrugada de domingo e contou outra versão. Segundo ele, o motorista do carro fez uma manobra perigosa e fechou a moto. A delegada contou que ele confirmou que xingou o condutor. O motorista não teria gostado do desaforo e bateu de propósito na moto. — Essa versão é mais compatível pelo histórico que a gente está vendo [os indícios apontados pelo acidente]
O casal mora no município de Lages, na serra catarinense, e estava em Rio do Sul para um evento de motociclistas
A Polícia Civil esteve no Hospital Regional de Rio do Sul, para onde a vítima foi evada pelo Corpo de Bombeiros, mas não conseguiu falar direito com a mulher, que ainda se recupera dos ferimentos. Ela será ouvida novamente em outra oportunidade
A polícia vai ouvir também outras testemunhas e assistir as imagens das câmeras de segurança da rua onde aconteceu a batida. Além disso, será feita uma reconstituição do acidente, mas a data ainda será marcada

Um taxista ouviu os gritos desesperados da mulher que foi arrastada por 800 metros após uma briga de trânsito em Rio do Sul, cidade no Vale do Itajaí, em Santa Catarina. O acidente causou comoção no município. O motorista do carro, no entanto, alega que não percebeu que havia uma pessoa embaixo do veículo. Segundo a Polícia Civil, ele deve ser indiciado por tentativa de homicídio Reportagem: Márcia Francês, do R7

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