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Navio da Marinha chega a Cuiabá e segue para atendimento gratuito a ribeirinhos

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Depois de 11 anos, o Navio de Assistência Hospitalar da Marinha conseguiu ancorar em Cuiabá, na terça-feira (16). Nos últimos anos, isso não foi possível em razão do nível da água. A embarcação permaneceu por dois dias na Capital para realizar os atendimentos médicos e odontológicos gratuitos, além da distribuição de medicamentos.   A ação aconteceu na Marinha Beira Rio e atendeu uma média de 60 pessoas. Nesta quinta-feira (18), a embarcação segue para as comunidades ribeirinhas. Segundo o capitão do navio, tenente Igor Luiz de Freitas Cobellas, com o nível baixo da água do rio Cuiabá, não era possível ancorar. “Não tinha como as pessoas chegarem até o navio para serem atendidas. Agora, finalmente deu certo de atracar na capital e realizar os serviços de saúde à população”. Ao todo, 43 pessoas fazem parte da tripulação e auxiliam nos serviços ao público.   Leia também - Adolescente de 16 anos morre em matagal após confronto com a PM   Na parte médica, dois clínicos gerais estavam presentes. “Os atendimentos são da atenção primária, que é o tratamento básico de saúde, com encaminhamentos às unidades de saúde, se houver necessidade, além da prescrição e distribuição de remédios. Na parte odontológica, são dois bucomaxilofacial que realizam os serviços de extração, restauração e limpeza”.   De fácil acesso, a população chegou cedo à embarcação, que também ficou aberta para visitação.   O primeiro atendimento foi de Jucinéia Augusta Alcantra, 50, moradora do bairro Praerinho. “Eu consultei com clínico geral e realizei limpeza na boca porque vou colocar prótese dentária. O médico é muito bom e já fez o encaminhamento dos exames.   Também aproveitei para mostrar o navio ao meu netinho Ravi”. Jucinéia conta que é a segunda vez que é atendida no navio da Marinha em Cuiabá. “Na primeira vez, eu vim com a minha avó. Lembro que, na época, eu recebi a vacina da febre amarela e fui ao dentista. Estar aqui, é voltar ao passado e reviver essa lembrança boa.   Hoje, sou eu que estou fazendo o mesmo pelo meu neto”. Eduardo da Silva Vasconcellos, 33, foi apenas conhecer o navio. “Sou muito curioso, gosto de coisas diferentes e que me chamem a atenção. Aproveitei para saber como é o funcionamento e ver de perto”. Comunidades ribeirinhas do Rio Cuiabá recebem, nesta quinta-feira (18), a tripulação do Navio de Assistência Hospitalar da Marinha. Várias regiões serão atendidas e a missão terá duração total de 45 dias. “Ao longo do ano, atendemos a calha norte e sul do Rio Paraguai e comunidades ribeirinhas do Rio Cuiabá, que compreendem os estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Serão cerca de 2 a 3 dias em cada comunidade.   Essa expedição só se encerra no Porto Jofre e, então, retornamos à base da Marinha. Nossa expectativa é atender 12 comunidades ribeirinhas”, explicou o capitão, Igor Luiz de Freitas Cobellas. Segundo o juiz José Antônio Bezerra Filho, coordenador da Justiça Comunitária, essa é a 12ª expedição em Mato Grosso.   “A iniciativa faz parte da 17ª edição do projeto social Ribeirinho Cidadão, realizado pelo Poder Judiciário e Defensoria Pública, em parceria com outros órgãos. O intuito é levar cidadania e inclusão social às pessoas que estão mais distantes e em situação de vulnerabilidade”. José Antônio explica que essa ação social traz dignidade e humanização. “Na última ação, foram mais de 37 mil procedimentos em favor da comunidade. Nossa expectativa é que esse número aumente ainda mais”. O aposentado José de Assis, 58, morador em Várzea Grande, procurou atendimento médico no navio da Marinha na terça-feira (16). “Fui bem atendido e já estou levando os medicamentos que necessito para casa. Vou aproveitar para conhecer o navio, é a primeira vez que estou pisando em um”. Ressalta que foi consultar porque está sentindo muita fraqueza e dor no corpo.   “Eu vim atrás de uma vitamina e também já peguei analgésico e anti-inflamatório. Sofro com câimbras e também tenho muita ansiedade”. Segundo o médico da Marinha, Guilherme Somonetti, a maioria dos atendimentos está relacionada a sintomas gripais, virose, dor articular e lombar.   “A população idosa está vindo com mais frequência. Nos atendimentos, procuramos trabalhar com os medicamentos que temos disponíveis, justamente para que a população saia daqui amparada para seguir o tratamento em casa, com os remédios que necessita. “O navio da Marinha é uma experiência nova e atendimento gratuito de saúde, por isso estou aqui”, revela a dona de casa Brenda Siqueira, 22, que buscou atendimento odontológico.   “Tenho algumas cáries e preciso tratar. Se não fosse essa oportunidade, teria que esperar mais tempo. Se der, também quero fazer limpeza bucal”. Ela conta que foi necessário esperar cerca de 30 minutos para ser atendida. “Cheguei cedo para tentar ser uma das primeiras”.   Thomas Cleison Costa Oliveira, 26, também chegou nas primeiras horas do dia. Ele revela que levou a esposa e a irmã para aproveitarem os serviços gratuitos de saúde. “Soube dos atendimentos e já quis vir no primeiro dia. Vim conhecer e aproveitar para fazer uma avaliação com o dentista. Acho válido esse apoio à comunidade em geral”.   Leia mais na edição do Jornal A Gazeta 

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