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Indígena morre em UTI de Boa Vista; dois filhos permanecem internados

Representantes informaram também a morte de um líder e uma criança de 9 anos na comunidade Surucucu, também em Roraima

Cidades|Do R7

Mulher havia dado entrada na unidade de saúde no último dia 24
Mulher havia dado entrada na unidade de saúde no último dia 24 Mulher havia dado entrada na unidade de saúde no último dia 24

Uma mulher indígena que estava internada em Boa Vista morreu na sexta-feira (27) em decorrência do agravamento do seu estado de saúde. Rodênia Yanomami tinha 33 anos e estava na UTI do Hospital Geral de Roraima. Dois filhos estão internados com desnutrição severa no Hospital da Criança Santo Antônio, na capital roraimense.

Representantes também informaram a morte de um líder e de uma criança de 9 anos na comunidade Surucucu, base da terra indígena no estado. A mulher que morreu na sexta-feira havia dado entrada na unidade de saúde no último dia 24, com quadro clínico de diarreia, desnutrição e malária.

Já os corpos do líder indígena e da criança, até as últimas atualizações, ainda não tinham sido resgatados por estarem em local de difícil acesso em Surucucu, região situada a cerca de 270 km da capital.

As principais causas das mortes na população são doença diarreica aguda, gastroenterocolite aguda, desnutrição, desnutrição grave, pneumonia e malária.

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A denúncia foi feita pelo presidente do Condisi (Conselho Distrital de Saúde Indígena Yanomami e Ye'kuana), Júnior Hekurari Yanomami.

"O número de profissionais não é suficiente para atender o povo ianomâmi, além de não terem as condições de trabalho necessárias. Existe também a presença dos garimpeiros na Terra Indígena Yanomami, o que colabora para o aumento do número de doenças e mortes, pois os mesmos impedem o funcionamento de postos de saúde", relatou Hekurari.

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Ao menos 570 crianças ianomâmis morreram por causas evitáveis nos últimos quatro anos, segundo a ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara.

A pneumonia foi responsável por 1/3 das mortes evitáveis de crianças ianomâmis com até 5 anos em 2022, segundo dados do Sisai (Sistema de Informações da Atenção à Saúde Indígena). Ao todo, 99 indígenas nessa faixa etária morreram em 2022, 33 deles por inflamação nos pulmões.

O Ministério dos Direitos Humanos enviou ontem uma comitiva de secretários a Boa Vista para apurar as violações de direitos humanos na região. O grupo ficará até a próxima quinta-feira e pretende visitar comunidades indígenas, reunir-se com lideranças de movimentos sociais e conversar com governantes, autoridades e membros do poder público local.

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