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Maioria da população é favorável às concessões para gestão de parques

Pesquisa feita pelo Instituto Semeia indica que 53% dos entrevistados apoiam esse tipo de gestão em parques naturais e 64% em parques urbanos do Brasil

Cidades|Joyce Ribeiro, do R7

Brasil tem 102 parques que podem ser concedidos à iniciativa privada
Brasil tem 102 parques que podem ser concedidos à iniciativa privada Brasil tem 102 parques que podem ser concedidos à iniciativa privada

O estudo intitulado “Parques no Brasil – Percepções da População”, divulgado nesta quinta-feira (12) pelo Instituto Semeia, revela que embora a população brasileira conheça e tenha interesse sobre os parques, a visitação a esses espaços é esporádica ou ainda não faz parte da rota de destinos turísticos das pessoas. Os entrevistados consideram positiva a implementação de novos modelos de gestão de parques baseados em PPPs (Parcerias Público-Privadas).

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O levantamento foi feito no segundo semestre de 2019 com 1.198 entrevistados das seis regiões metropolitanas do país (Brasília, Manaus, Porto Alegre, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo). 

A pesquisa abordou também os novos modelos de gestão, como concessão e parcerias dos parques com empresas ou entidades privadas. Os resultados apontam que 53% dos entrevistados são favoráveis a esse tipo de gestão em parques naturais (em áreas de conservação) e 64% em parques urbanos. 

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Os entrevistados acreditam na melhoria dos parques com a implementação de concessões: parques naturais (58%) e urbanos (66%). Nas áreas de conservação, a expectativa de melhoria se concentra em atividades de limpeza (73%), iluminação (71%) e segurança (71%).

Nos parques urbanos, as pessoas entrevistadas disseram esperar melhores condições de iluminação (78%), limpeza (77%), equipamentos de lazer (75%) e banheiros (75%). 

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Para o diretor-presidente do Instituto Semeia, Fernando Pieroni, “existe uma aceitação crescente da sociedade para as parcerias em parques e, atualmente, elas estão concentradas nos modelos de concessão. Mas a evolução dessa agenda requer o amadurecimento das possibilidades deste instrumento, pois os parques são muito distintos entre si”.

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Quanto à visitação, o estudo revelou que 26% dos entrevistados dizem visitar esporadicamente parques naturais, normalmente mais distantes dos centros urbanos. Para os que nunca visitaram, os principais entraves são: custo de viagem (47%), custo de hospedagem (29%) e distância (18%). A preferência por outros destinos também influencia a decisão.

De acordo com Fernando Pieroni, “os paulistanos preferem demorar até 12 horas para ir às praias do litoral norte do estado sem se dar conta que passam muito próximos ao Parque Nacional do Itatiaia, o mais antigo e um dos mais importantes parques do Brasil”.

Já os parque urbanos são mais frequentados apesar de as barreiras de distância e hábito cultural serem problemas apontados no levantamento. Há ainda outras questões elencadas como motivos pela não visitação de determinado espaço, como falta de segurança (17%), banheiros e instalações ruins (10%).

O diretor-presidente do Semeia acredita que “a visitação dos parques requer um olhar mais amplo que envolve aspectos relacionados a transporte, turismo e, no caso dos parques naturais, até mesmo políticas de desenvolvimento regional”.

No Brasil, há 102 parques que são considerados aptos para concessão em projetos realizados pelos governos federal, estadual e municipal. Alguns ainda estão na fase de estudos e planejamento, outros em licitação ou prestes a assinar contratos com a iniciativa privada.

Fernando Pieroni conclui que “as parcerias podem ser um importante catalisador para fomentar o desenvolvimento econômico, a conservação da biodiversidade e a geração de renda para o país”.

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