O presidente da Comissão de Defesa das Prerrogativas do Advogado da OAB-PR (Ordem dos Advogados do Brasil), Edward Carvalho, informou que o órgão irá prestar assistência à defesa da médica Virgínia Soares de Souza, de 56 anos, presa por suspeita de eutanásia (antecipação da morte com o uso de procedimentos médicos) na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) do Hospital Evangélico de Curitiba.
Segundo Carvalho, o advogado da médica não teve acesso ao inquérito do caso, apenas a um conteúdo parcial. Ele informou que vai solicitar a disponibilidade da totalidade do documento para o trabalho da defesa. “No entender da Ordem foi cometido crime de abuso de autoridade porque o advogado teve seu direito cerceado", disse ele, por meio de nota.
Virgínia está presa no Centro de Triagem 1, em Curitiba, desde a semana passada. Outros três médicos e uma enfermeira também foram presos suspeitos de envolvimento nas mortes.
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Os óbitos teriam ocorrido desde 2006, mas somente há um ano ela passou a ser investigada. As denúncias foram feitas por funcionários e ex-pacientes.
Também neste sábado, a defesa dos médicos conseguiu uma decisão da Justiça para acessar as gravações telefônicas que mostrariam a ex-chefe da UTI orientando funcionários a cometer práticas que levariam à morte de pacientes. A polícia não liberou a cópia dos áudios.
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