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Porto Alegre é o 5° município com maior número de áreas de risco do país

Dados do Serviço Geológico do Brasil apontam que a cidade conta com 142 áreas de perigo, sendo 51 consideradas de ‘risco muito alto’

Cidades|Giovana Cardoso, do R7, em Brasília

Enchentes por todo o estado propiciam o surgimento da leptospirose (EVANDRO LEAL/ENQUADRAR/ESTADÃO CONTEÚDO - 21.05.2024)

Porto Alegre ocupa a quinta posição entre os municípios com maior risco de desastres naturais do país, com 142 áreas de perigo, segundo dados do Serviço Geológico do Brasil, que foram atualizados em abril deste ano. Com 51 zonas de “risco muito alto”, a região enfrenta, principalmente, chances de deslizamentos, inundações e enxurradas. O município fica atrás apenas de Ouro Preto (MG), Nova Friburgo (RJ), Brusque (SC) e Jaboatão dos Guararapes (PE).

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Em relação às unidades da federação, o Rio Grande do Sul está entre os oito estados com maiores riscos, com 716 áreas propensas a desastres, sendo 227 consideradas de alto perigo. Segundo o Serviço Geológico, 50% da tipologia do estado está suscetível a inundações e 27% está ameaçada por chances de deslizamentos. Na região, 381.665 pessoas vivem em áreas de risco.

Nos últimos 15 anos, o estado gaúcho registrou 5.734 ocorrências por desastres naturais, uma média de 382 casos por ano, segundo levantamento da Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil, que considera o intervalo entre 2009 a 2023. Neste período, os prejuízos no setor público foram de pelo menos R$ 3 bilhões, sendo os serviços de abastecimento de água, esgotamento sanitário e distribuição de energia os mais afetados.

A organização informou que o mapa não inclui todas as cidades brasileiras, mas apenas as 1.600 cartografadas até o momento. Desta forma, podem existir áreas sujeitas a desastres em localidades ainda não mapeadas pelo Serviço Geológico.

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Setor privado

No setor privado, os danos foram de R$ 111,06 bilhões e causaram prejuízos, principalmente, na agricultura e pecuária, com rombos de R$ 89 bilhões e R$ 17 bilhões, respectivamente. Ainda de acordo com o levantamento, o estado teve que arcar com uma despesa de R$ 1 bilhão apenas com enxurradas no período.

No Brasil, o agronegócio representa aproximadamente 25% do PIB (Produto Interno Bruto) — a soma de todos os bens e serviços finais feitos no país. O Rio Grande do Sul, um dos estados que mais produzem no setor, tinha uma previsão de crescimento de 46,4% na produção de cereais, leguminosas e oleaginosas para este ano, de acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

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Apenas em Porto Alegre, o governo gaúcho teve um prejuízo público de R$ 40 milhões. Hoje, a capital do estado está entre as regiões mais afetadas pelas enchentes, com 157.701 pessoas atingidas.

Quase 15 mil áreas de risco no Brasil

Ao menos 4 milhões de pessoas vivem em 14.840 áreas de risco no Brasil, de acordo com o Serviço Geológico. Dessas, 4.524 são consideradas de risco muito alto, com chances deslizamentos, inundações, erosões e outros.

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A organização informou que o mapeamento é feito para descrever as áreas sujeitas a perdas ou danos decorrentes da ação de eventos de natureza geológica. “Após a finalização dos trabalhos, relatórios e mapas são entregues aos gestores municipais e aos órgãos de defesa civil nas esferas municipal, estadual e federal”, informou.

Rio Grande do Sul

Há quase um mês, o Rio Grande do Sul enfrenta chuvas e alagamentos em cerca de 470 municípios. O boletim mais recente, divulgado às 9h dessa sexta-feira (24), notifica 163 mortes, 65 desaparecidos e 581.613 desalojados pelas chuvas.

Não é a primeira vez que o estado enfrenta problemas de desastres naturais. Em 2023, um ciclone extratropical causou alagamentos em diversas regiões, superando em 400 mil o número de atingidos.

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