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Presos transmitem ao vivo rebelião em penitenciária de Goiás

Grupo queimou colchões e pediu saída do diretor do complexo, em Aparecida de Goiânia, no motim exibido em live nas redes sociais 

Cidades|Do R7, com informações da Record TV

Fogo no Complexo Penitenciário de Aparecida de Goiânia
Fogo no Complexo Penitenciário de Aparecida de Goiânia Fogo no Complexo Penitenciário de Aparecida de Goiânia

Presos do Complexo Penitenciário de Aparecida de Goiânia, o maior presídio de Goiás, transmitiram ao vivo pelas redes sociais um princípio de motim no início da tarde desta sexta-feira (19).

Mais de dez mil pessoas acompanharam a movimentação. Os detentos ainda gravaram áudios e também fizeram e postaram vídeos. "A gente não tem sabonete pra tomar banho, a gente não tem escova de dente pra escovar", afirmavam os presos.

Às 17h30, a situação estava controlada. Três detentos sofreram ferimentos leves. Não há registro de mortes, de acordo com a Diretoria -Geral de Administração Penitenciária.

Ainda não se sabe a causa do motim na Ala A da penitenciária, onde estão 450 detentos. O motim começou na hora do almoço, durante o banho de sol. O Gope (Grupo de OPerações Penitenciarias Especiais) foi acionado, e negociou com os presos, que se renderam.

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No fim da tade, familiares dos presos, usando máscaras, se aglomeravam do lado de fora do prédio, em busca de informações.

Celulares

Nas imagens, é possível ver que os detentos têm livre acesso a celulares. Eles pedem melhores condições e afirmam que a polícia atirou contra eles e matou dois presidiários.

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Pelas imagens da transmissão ao vivo, é possível ver os presos queimando colchões, e pedindo a saída do diretor do presídio. “Tira o diretor”, gritam os presos em coro. O detento que faz a transmissão afirma diversas vezes: “Eles querem matar nós”.

A polícia investiga como os celulares entraram na prisão e se a execução de um funcionário do complexo tem relação com o motim. De acordo com informações preliminares, a conexão entre o assassinato e o motim está descartada.

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O policial é Elias de Souza Silva, de 38 anos, que foi executado na manhã de quinta-feira (18) depois de ter recusado suborno de detentos do complexo. 

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Elias, agente penitenciário do complexo de Aparecida de Goiânia e a mulher, Ana Paula
Elias, agente penitenciário do complexo de Aparecida de Goiânia e a mulher, Ana Paula Elias, agente penitenciário do complexo de Aparecida de Goiânia e a mulher, Ana Paula

Os presos ofereceram R$ 5 mil para que ele devolvesse três celulares apreendidos durante uma operação dentro do presídio. Elias negou o suborno e virou alvo dos presidiários.

Dias depois, a mulher dele, Ana Paula, foi buscá-lo no final do expediente e, na volta para a casa, o carro em que estavam foi cercado e o casal foi executado dentro do veículo. Eles deixam dois filhos, um de 11 anos e outro de 3.

#Repost @dgapgoias ・・・ Nota de Pesar É com profundo pesar que a Polícia Penal do Estado de Goiás informa o falecimento...

Posted by Secretaria de Estado da Segurança Pública de Goiás on Thursday, February 18, 2021

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