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Acionista nos EUA processa contra BRF após 3ª fase da Carne Fraca

Operação da Polícia Federal prendeu temporariamente 11 pessoas acusadas de envolvimento em fraudes laboratoriais para burlar regras de exportação

Economia|

BRF foi o principal alvo da 3ª fase da Carne Fraca
BRF foi o principal alvo da 3ª fase da Carne Fraca BRF foi o principal alvo da 3ª fase da Carne Fraca

A companhia de alimentos BRF está sendo processada nos Estados Unidos por um acionista que acusou o maior exportador de aves do mundo de ocultar seu envolvimento em fraudes quanto à análise sanitária de produtos alimentícios, o que culminou na prisão do ex-presidente da companhia.

Reportagem do R7 revelou há uma semana que executivos da companhia, incluindo o ex-presidente pedro de Andrade Faria, tentaram abafar as fraudes cometidas pelo setor de qualidade da empresa.

A denúncia foi apresentada na noite de segunda-feira à Corte Distrital de Manhattan, em nova York (EUA), em nome de detentores de American Depositary Receipts (ADRs, recibo de ação negociado nos EUA) da BRF de 4 de abril de 2013 a 2 de março de 2018, e tem como objetivo uma ação coletiva contra a companhia.

O autor da denúncia, Ryo Nakamura, afirmou que a BRF, o ex-presidente Pedro Faria e outros funcionários inflaram artificialmente o preço das ações da empresa brasileira, enganando acionistas sobre suas operações e práticas de conformidade.

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Nakamura disse que isso incluiu o pagamento de subornos a fiscais e políticos para esconder práticas não sanitárias em unidades da BRF e que o preço da ação da BRF caiu à medida que as notícias da operação Carne Fraca vieram à tona.

As ações da BRF no mercado norte-americano fecharam a US$ 7,59 em 5 de março, queda de 19% em um dia, após Faria ser preso e a Justiça determinar a prisão de outras 10 pessoas. Todos são suspeitos de participar de um esquema que adulterava testes laboratoriais em produtos de origem animal para burlar regras de exportação e as fiscalizações sanitárias brasileiras. A empresa controla marcas como Sadia e Perdigão.

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O processo visa danos não especificados. A BRF não tinha comentários imediatos nesta terça-feira.

É comum nos Estados Unidos acionistas entrarem com ações judiciais de fraude de valores mobiliários após a revelação de suposta conduta ilícita que tenha causado queda no preço das ações de uma empresa.

Companhias não norte-americanas, como a BRF, gozam de uma proteção parcial em tais processos uma vez que a Suprema Corte dos EUA, em 2010, tornou mais difícil processar em relação a ativos financeiros vendidos ou listados fora dos Estados Unidos.

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