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Apesar de correção, dólar caminha para fechar pior semana em 1 mês

JPMorgan projeta que a moeda subirá gradativamente para R$ 5,30 ao fim do segundo trimestre de 2021 e para R$ 5,35 e R$ 5,40 nos trimestres posteriores

Economia|

O dólar atraía compras no mercado brasileiro nesta sexta-feira (4), numa correção depois de fortes baixas nos últimos dias, mas a moeda norte-americana ainda seguia a caminho de fechar a pior semana em um mês, tendo como pano de fundo apetite global por risco diante da confiança na retomada econômica.

O noticiário político alimentava alguma realização de lucros. O vice-presidente Hamilton Mourão afirmou nesta sexta-feira considerar muito difícil que a reforma tributária seja aprovada este ano. Na véspera, o mercado assistiu a novos ruídos entre o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ) e o ministro da Economia, Paulo Guedes.

Dólar ensaia estabilização, mas se mantém perto de mínimas em quatro meses
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De forma geral as expectativas para o real mostram piora para o segundo semestre de 2021, quando, segundo analistas, receios de ordem fiscal voltarão a preocupar de forma mais incisiva depois de algum alívio na primeira metade do próximo ano --em cenário que contempla manutenção do teto de gastos.

O JPMorgan projeta que o dólar subirá gradativamente para R$ 5,30 ao fim do segundo trimestre de 2021 e para R$ 5,35 e R$ 5,40 nos trimestres posteriores, taxas mais altas que a prevista para o término de março (R$ 5,15). Para o Morgan Stanley, o governo "encontrará um modo" de flexibilizar o teto de gastos em 2021, mas sem estender o auxílio emergencial.

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Às 12h07, o dólar avançava 0,78%, a R$ 5,1795 na venda, após subir a R$ 5,1802 (+0,79%) e cair a R$ 5,1247 (-0,29%).

Na véspera, a cotação caiu 1,96%, a R$ 5,1394 na venda, menor patamar para um fechamento desde 22 de julho passado (R$ 5,1143).

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Na B3, o dólar futuro mais negociado mostrava alta de 0,47%, a R$ 5,1770.

Na semana, o dólar spot tinha queda de 2,8% --que, se mantida, será a mais forte desde a semana finda em 6 de novembro (-6,07%).

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Lá fora, o índice do dólar frente a uma cesta de moedas cedia 0,17%, a 90,546, perto de mínimas em mais de dois anos e meio.

Dados de emprego nos Estados Unidos para novembro vieram mais fracos que o esperado, o que inicialmente deu algum suporte ao dólar no mundo, mas posteriormente analistas leram os números como um fator a aumentar pressão para que o Congresso norte-americano aprove mais ajuda fiscal.

O real se valoriza 3,2% nos primeiros quatro dias de dezembro, depois de ter registrado o melhor mês de novembro em pelo menos 18 anos, a reboque da esperança de que uma vacina contra a Covid-19 será lançada em breve, o que permitiria uma volta mais rápida ao nível de atividade econômica de antes da pandemia.

A moeda brasileira tem a melhor performance entre seus pares emergentes desde 3 de novembro, data da eleição norte-americana, com expectativa de que o presidente recém-eleito, Joe Biden, amplie gastos para turbinar a retomada --o que pode fortalecer um já em curso movimento de compra de ativos emergentes.

"Vemos uma janela de oportunidade para aumento de otimismo em relação aos ativos brasileiros nos próximos meses", disseram analistas do Barclays em nota, recomendando posições em opções de venda de dólar/real com "strikes" em R$ 5,15 e R$ 4,98 e vencimento em março.

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