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Batalha contra inflação no Brasil não está ganha, diz Campos Neto

Ao fazer a avaliação, o presidente do Banco Central afirma que as taxas de juros devem permanecer restritivas

Economia|

"Brasil reduziu a inflação com um freio de crédito"
"Brasil reduziu a inflação com um freio de crédito" "Brasil reduziu a inflação com um freio de crédito" (Edilson Rodrigues/Agência Senado - 27.04.2023)

O presidente do BC (Banco Central), Roberto Campos Neto, disse nesta terça-feira (22) que a batalha contra inflação no Brasil não está ganha e que a autoridade monetária precisa persistir com uma postura restritiva.

"O Brasil conseguiu trazer a inflação para baixo com um freio de crédito bem menor que outros países", pontuou Campos Neto. "Quando olhamos em termos de segmentação, vemos a parte de serviços começando a cair. Mas a batalha contra a inflação não está ganha. Em nossa comunicação, adotamos que os juros ainda precisam ser restritivos", acrescentou ele durante Conferência Anual do Santander.

Em sua fala, Campos Neto também voltou a citar que o país passa por um processo de "desancoragem gêmea", em que há dúvidas no mercado em torno do cumprimento da meta de inflação e sobre a capacidade de o governo cumprir as metas fiscais estabelecidas.

"Se conseguíssemos ter uma ancoragem na parte fiscal, o trabalho monetário poderia ser feito com mais facilidade", defendeu.

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O presidente do BC alertou também que o país tem uma dívida bruta maior e tem gastos maiores que vários de seus pares, de forma que a dívida tende a crescer mais num cenário de juros restritivos. Além disso, ele afirmou que o crescimento de longo prazo do Brasil é "preocupante". Por outro lado, Campos Neto ponderou que o país tem conseguido trazer a infla ção para baixo, fazendo isso com um impacto no crédito bem menor do que o de outros países.

Após sinais convincentes de que a alta dos preços ao consumidor está esfriando, o Copom (Comitê de Política Monetária) do BC decidiu cortar a Selic em 0,5 ponto percentual, a 13,25% ao ano, indicando que fará novos cortes na mesma magnitude nos próximos meses. Na semana passada, Campos Neto disse que a barra estabelecida pelo Banco Central para fazer algo diferente de cortes de 0,5 ponto percentual na taxa Selic à frente é alta.

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