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BRF dá férias coletivas para 3.000 funcionários em Capinzal (SC)

Controladora das marcas Sadia e Perdigão, a BRF foi proibida no último dia 16 pelo Ministério da Agricultura de vender para a União Europeia

Economia|, com R7 e Agência Brasil

BRF foi o principal alvo da 3ª fase da Carne Fraca
BRF foi o principal alvo da 3ª fase da Carne Fraca BRF foi o principal alvo da 3ª fase da Carne Fraca

A BRF dará férias coletivas de um mês para cerca de 3.000 funcionários na unidade de abate de aves em Capinzal, em Santa Catarina, para ajustar a produção em meio a restrições de exportação para a Europa. A empresa foi proibida há 11 dias pelo MAPA (Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento) de vender produtos para o território europeu.

As férias terão início em 7 de maio e terão duração de 30 dias, disse a empresa em comunicado à imprensa.

"A ação ocorrerá somente no processo de abatedouro de aves. Todas as demais atividades do complexo fabril funcionarão normalmente", disse a BRF, controladora das marcas Sadia e Perdigão.

A companhia foi alvo principal da terceira fase da operação Carne Fraca, da Polícia Federal, que investiga irregularidades cometidas por gigantes do setor alimentício para burlar fiscalizações e vender produtos no Brasil e no exterior.

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Durante a operação Trapaça (3ª fase da Carne Fraca), foram presos temporariamente 11 pessoas que trabalham ou já trabalharam na BRF, incluindo o ex-diretor-presidente global da marca, Pedro de Andrade Faria. Todos prestaram depoimento e já foram liberados.

Eles são suspeitos de participar de um esquema que adulterava testes laboratoriais em produtos de origem animal para burlar regras de exportação e as fiscalizações sanitárias brasileiras. 

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Reportagem do R7 revelou no início do mês que executivos da companhia, incluindo Andrade Faria, tentaram abafar as fraudes cometidas pelo setor de qualidade da empresa.

Como decorrência das investigações, o Ministério da Agricultura suspendeu temporariamente no último dia 16 as exportações de carne de frango da BRF para a União Europeia. A medida atinge a unidade de Capinzal e mais duas plantas frigoríficas de Santa Catarina: Concórdia e Chapecó.

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A medida é preventiva e temporária, segundo o ministério, enquanto o Brasil presta esclarecimentos sobre as denúncias da terceira fase da Operação Carne Fraca.

Santa Catarina é o segundo maior produtor de aves do Brasil. No ano passado, a produção, cuja maior parte é destinada ao mercado externo, ficou em 2,1 milhões de toneladas. Segundo o governo, a carne de frango produzida e embarcada antes de 16 de março pode ser comercializada na Europa e consumida sem restrições.

A União Europeia é um importante mercado para a avicultura catarinense e respondeu, no ano passado, por 15,2% das exportações de carne de frango. No último ano, 147,8 mil toneladas do produto foram destinadas aos países do bloco europeu, gerando faturamento de US$ 364,9 milhões.

Segundo a ABPA (Associação Brasileira de Proteína Animal), que representa a avicultura e a suinocultura no país, o setor de aves gera 4,1 milhões de empregos diretos e indireto no país, dos quais 100 mil ligados à BRF. Segundo a associação, a avicultura também contribuiu para o saldo positivo da balança comercial com mais de US$ 7 bilhões.

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