Após fechar maio no azul em maio, a caderneta da poupança voltou a registar um resultado positivo no mês de junho, quando os depósitos feitos na aplicação superaram os saques em R$ R$ 6,089 bilhões. Trata-se do melhor resultado para o mês desde 2013, quando a caderneta somou ganho de R$ 9,451 bilhões em junho.
Os dados, revelados nesta quinta-feira (6), pelo BC (Banco Central), apontam que no mês passado foram aplicados R$ 174,539 bilhões na poupança e retirados R$ 168,449 bilhões.
No mês passado, os dias 6 e 30 foram fundamentais para a caderneta fechar junho no azul. Nos dois dias, foram registradas captações líquidas de, respectivamente, R$ 3,081 bilhões e R$ 3,638 bilhões. Juntas, as duas datas somaram R$ 6,790 bilhões em depósitos na poupança, já descontados os saques.
Renda fixa vai além da poupança e pode render grana extra mesmo na crise
Apesar do resultado positivo, a caderneta ainda acumula perda de R$ 12,290 bilhões ao longo dos seis primeiros meses de 2017. O déficit é fruto de R$ 1,012 trilhão de saques e R$ 1 trilhão de depósitos na aplicação ao longo do ano.
Em maio, os depósitos na poupança superaram as retiradas em R$ 292,6 milhões. Somente em 2016, R$ 40,702 bilhões saíram da poupança em meio à crise econômica. Em 2015, a caderneta ficou negativa em R$ 53,567 bilhões.
Além da influência da crise econômica, a poupança vinha perdendo espaço para outros investimentos, considerados mais atrativos. A remuneração da poupança é formada por uma taxa fixa de 0,5% ao mês mais a TR (Taxa Referencial) — esse cálculo vale para quando a Selic (a taxa básica de juros) está acima de 8,5% ao ano. Atualmente, a taxa está em 10,25% ao ano.