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Deputados tiram projeto contra Uber da pauta do plenário para ampliar discussão

Projeto de Lei proíbe o transporte de passageiros pelo Uber em todo o País

Economia|Mariana Londres, do R7, em Brasília, com Agência Câmara

Deputados tiram projeto contra Uber da pauta para ampliar discussão
Deputados tiram projeto contra Uber da pauta para ampliar discussão Deputados tiram projeto contra Uber da pauta para ampliar discussão

Os líderes dos partidos na Câmara dos Deputados, decidiram nesta terça-feira (8) retirar da pauta a votação da urgência do projeto de lei 5587/2016, que restringe o transporte de passageiros apenas a taxistas ou motoristas de carros de aluguel em todo o País. Se o projeto for aprovado, o transporte privado por meio de aplicativos e carros particulares, como o Uber, ficaria proibido.

O presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ) propôs a criação de uma comissão especial para analisar o tema. Antes da comissão, o assunto será discutido em um grupo de trabalho.

— A maioria dos líderes entende que, de fato, há uma disparidade entre um sistema e outro, mas não se pode criar uma regra para inviabilizar o Uber. Na verdade tem que se criar uma regra para harmonizar o sistema, porque esses problemas vão acontecer em várias áreas, na rede hoteleira, no taxi, pois a modernidade vem, as novidades vão aparecendo e a gente não pode, porque apareceu um produto que tem sido bem avaliado pela sociedade, restringi-lo em favor de outro.

O texto do projeto, apresentado pelo deputado Carlos Zarattini (PT-SP) e mais cinco deputados, prevê que quem descumprir a norma (tanto condutor quanto proprietário do veículo) será multado e pode ser proibido de exercer atividade (no caso de gestores de aplicativos).

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"Além das penalidades impostas ao condutor e ao proprietário do veículo, as pessoas físicas ou jurídicas que concorrerem para a prática vedada por este artigo por meio de qualquer meio digital que viabilize o contato entre o motorista e o passageiro, estarão sujeitas à pena de proibição de exercício das atividades que envolvam os atos previstos neste artigo", diz o texto do projeto.

De acordo com o deputado Carlos Zarattini, em sua página oficial, o projeto tem o objetivo de "proteger os taxistas e melhorar o serviço prestado aos consumidores. A atual concorrência predatória do Uber somada a falta de legislação pertinente vai extinguir a categoria dos taxistas no Brasil".

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O projeto deve sofrer pressão dos taxistas para ser aprovado. Nesta terça-feira (8), taxistas de várias partes do País se concentraram em frente ao Congresso para pedir a votação da proposta.

O presidente da Associação de Permissionários de Goiânia (GO), Hugo Nascimento, afirmou que o projeto proíbe a concorrência desleal de aplicativos de mobilidade.

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— A questão não é Uber, a questão é legalidade e concorrência dentro da legalidade de forma igual. Hoje o taxista é vítima de uma concorrência desleal de uma empresa que não tem a tutela do estado, que não paga ISS municipal, que não vistoria seus veículos, que não paga imposto. Ela ganha 25% de todos os carros que estão trabalhando no Brasil inteiro sem pagar o imposto sobre isso. Não só nós taxistas estamos sendo lesados. O cidadão está sendo lesado.

O deputado Thiago Peixoto (PSD-GO) defendeu o aplicativo e rebateu a crítica de que o Uber não paga imposto. Segundo ele, o motorista do Uber paga IPVA, o que não ocorre com os taxistas.

— O Uber faz parte da realidade das grandes cidades. É uma forma que o cidadão escolheu para se locomover. Ele pode andar de ônibus, de taxi, de Uber, de bicicleta. É uma decisão que o cidadão tem que tomar e não cabe o Congresso proibir isso. É muito importante que o Uber tenha equivalência com relação a tributos. Isso já acontece, por exemplo: o taxi não paga IPVA, o Uber paga. Esse discurso de que não se paga tributo não é real.

O Uber no Brasil

O aplicativo Uber está presente em 27 cidades brasileiras. Já tem mais de 4 milhões de passageiros cadastrados e 50 mil motoristas. Os dados são de setembro deste ano, fornecidos pela companhia.

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