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Dívida do governo brasileiro chega a 74,1% do PIB, diz BC

Banco Central mostra que o déficit aumentou mais do que o esperado em julho

Economia|Do R7, com Reuters

Sem cortar gastos, Ministério da Fazenda pretende sair do déficit com o aumento de impostos
Sem cortar gastos, Ministério da Fazenda pretende sair do déficit com o aumento de impostos Sem cortar gastos, Ministério da Fazenda pretende sair do déficit com o aumento de impostos

A dívida bruta do Brasil registrou alta em julho, quando o setor público consolidado brasileiro apresentou déficit primário bem maior do que o esperado, de acordo com dados divulgados nesta quinta-feira (31) pelo BC (Banco Central).

A dívida pública bruta do país como proporção do PIB (Produto Interno Bruto) fechou julho em 74,1%, contra 73,6% no mês anterior. Já a dívida líquida foi de 59,1% a 59,6%.

De forma resumida, o PIB mede o tamanho da economia de um país em determinado período. Ele não é a única forma de fazer isso, mas é considerada a opção mais confiável por governos e agentes de mercado em todo o mundo.

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As expectativas em pesquisa da Reuters eram de 73,9% para a dívida bruta e de 59,7% para a líquida.

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Em julho, o setor público consolidado registrou um déficit primário de R$ 35,80 bilhões, bem mais forte do que a expectativa de economistas consultados em pesquisa da Reuters de um saldo negativo de R$ 28 bilhões.

O desempenho mostra que o governo central teve déficit de R$ 32,47 bilhões, enquanto estados e municípios registraram déficit primário de R$ 4,23 bilhões, e as estatais tiveram superávit de R$ 904 milhões, mostraram os dados do BC.

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O déficit nominal também foi muito mais forte do que o esperado ao chegar, em julho, a R$ 81,91 bilhões, contra expectativa de saldo negativo de R$ 73,5 bilhões.

Como arrecadar R$ 150 bilhões

O projeto, chamado de Novo Arcabouço Fiscal, foi sancionado pelo presidente Lula. De forma resumida, trata-se das regras que têm o objetivo de controlar as contas públicas. Ou seja, conter os gastos do governo brasileiro.

No entanto, há um impasse que vai além dos instrumentos e das metas de saldo positivo. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, já explicou publicamente que a proposta exige aumento de arrecadação entre R$ 110 bilhões e R$ 150 bilhões.

Por isso, especialistas contrários ao projeto de lei afirmam que o arcabouço resultará em aumento de impostos.

“Quando se fala em ‘aumento de arrecadação’, significa que você [o contribuinte] vai pagar mais imposto. Esse aumento necessário para ter o equilíbrio fiscal é muito grande. Ou seja, nós brasileiros vamos ter que pagar mais tributos ao Estado”, opina Rodrigo Saraiva, membro do conselho administrativo do Instituto Mises Brasil.

Já Paulo Gala, professor de economia na FGV (Fundação Getulio Vargas) e economista-chefe do Banco Master, tem visão diferente: “Não acho que vêm novos impostos”.

Mais detalhes aqui.

Haddad divulga estudo sobre impactos da reforma tributária na economia brasileira

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