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Dólar abre o dia em queda de 1% e se distancia dos R$ 5,50

Moeda americana era negociada a R$ 5,4526 nesta quinta-feira, com expectativas de aperto monetário mais agressivo

Economia|

Dólar é negociado abaixo de R$ 5,50
Dólar é negociado abaixo de R$ 5,50 Dólar é negociado abaixo de R$ 5,50

O dólar caía com força ante o real nesta quinta-feira (11), chegando à casa dos R$ 5,44 nas mínimas da sessão em meio a expectativas crescentes de que o BC (Banco Central) endurecerá o ritmo do aperto monetário devido às pressões inflacionárias domésticas.

Às 9h49, a moeda americana recuava 0,91%, a R$ 5,4526 na venda, depois de chegar a tocar R$ 5,444 na mínima do dia, queda de 1,06%. O principal contrato de dólar futuro tinha queda de 0,8%, a R$ 5,467.

A movimentação desta quinta-feira vem depois de, na véspera, o real ter apresentado desempenho muito superior ao de alguns de seus principais pares emergentes, apesar da disparada internacional do dólar na esteira de dados de inflação mais fortes do que o esperado nos Estados Unidos.

Investidores atribuíram a resiliência recente da divisa brasileira a expectativas de que o Banco Central poderá intensificar o atual ritmo de elevação de juros, uma vez que dados domésticos sobre os preços ao produtor continuam a surpreender para cima.

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Na quarta-feira, o IBGE informou que o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) subiu 1,25% em outubro, após alta de 1,16% no mês anterior, alcançando a maior variação para o mês desde 2002 (1,31%). Em 12 meses, a alta foi de 10,67%, o resultado mais forte desde janeiro de 2016 (10,71%).

"Nossa avaliação é que o Banco Central precisa acelerar o ajuste da política monetária para evitar perder totalmente o controle sobre as expectativas, que já sinalizam perda da meta para a inflação em 2022", disse a Genial Investimentos em nota.

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A meta de inflação para o ano que vem é de 3,5%, com margem de tolerância de 1 ponto percentual para mais ou para menos. A taxa Selic está atualmente em 7,75% ao ano, após o Copom (Comitê de Política Monetária) do BC promover uma alta de 150 pontos-base em seu último encontro.

Juros mais altos tendem a tornar o mercado de renda fixa doméstico mais atraente, elevando, consequentemente, a demanda pelo real. Investidores também estão de olho no noticiário em torno da PEC (Proposta de Emenda à Constituição) dos Precatórios.

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O líder do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), que ficará a cargo da relatoria da proposta na Casa, afirmou acreditar que há chance de senadores manterem o texto aprovado pela Câmara. Ele não descartou, no entanto, que ele possa ser aprimorado.

Aprovada em segundo turno na terça-feira pela Câmara, a PEC modifica a regra de pagamento dos precatórios, dívidas do governo cujo pagamento foi determinado pela Justiça, e altera o prazo de correção do teto de gastos pelo IPCA.

Em relatório desta quinta-feira, o Bradesco disse que "a aprovação da PEC dos Precatórios na Câmara removeu parte das incertezas do cenário fiscal, mesmo com o prosseguimento da proposta no Senado, o que ajuda a explicar também a dinâmica dos mercados locais, especialmente curva de juros e taxa de câmbio".

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