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Dólar dispara a R$ 5,19 e Ibovespa tem maior queda em três meses, com inflação nos EUA

Moeda norte-americana teve alta de 1,80, maior valorização percentual diária desde 2 de agosto (1,93%) 

Economia|

A moeda norte-americana à vista saltou 1,80%, a R$ 5,1902
A moeda norte-americana à vista saltou 1,80%, a R$ 5,1902 A moeda norte-americana à vista saltou 1,80%, a R$ 5,1902

O dólar disparou frente ao real nesta terça-feira (13), acompanhando movimento internacional de busca por segurança depois que dados de inflação norte-americanos piores do que o esperado turbinaram apostas em mais aumentos agressivos dos juros pelo banco central dos Estados Unidos, o Federal Reserve.

A moeda norte-americana à vista saltou 1,80%, a R$ 5,1902, na maior valorização percentual diária desde 2 de agosto (1,93%). No pico do dia, a divisa saltou mais de 2%, a R$ 5,21. Essa alta interrompeu sequência de três pregões consecutivos de perdas, período em que o dólar havia caído 2,7%.

Na B3, onde os negócios vão além das 17h (de Brasília), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 1,88%, a R$ 5,2140.

Já o Ibovespa quebrou uma série de três altas e caiu mais de 2% nesta terça-feira, pressionado por preocupações sobre os próximos passos do banco central norte-americano após dados mais fortes do que o esperado sobre a inflação nos Estados Unidos.

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Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa caiu 2,3%, a 110.793,96 pontos, devolvendo parte do avanço nos três pregões anteriores (+3,32%). A perda no dia foi a maior queda percentual diária desde 17 de junho. 

Câmbio

O mercado de câmbio local operou em total sintonia com o exterior, onde um índice do dólar contra uma cesta de pares fortes subia 1,5% nesta tarde, aproximando-se de máximas em 20 anos atingidas na semana passada. Nas principais bolsas de valores do mundo, investidores também se desfizeram de ações de forma generalizada, em movimento coordenado de aversão a risco.

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Por trás da fuga para a segurança, dados desta manhã mostraram que o índice de preços ao consumidor norte-americano subiu 0,1% no mês passado, contrariando a expectativa em pesquisa da Reuters de deflação de 0,1%.

Sinal de persistência das pressões de preços nos EUA, o núcleo da inflação, que exclui os componentes voláteis de alimentos e energia, subiu 0,6% em agosto, após avançar 0,3% em julho. O núcleo do índice de preços ao consumidor teve alta de 6,3% nos 12 meses até agosto, acelerando ante taxa de 5,9% em julho.

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A leitura "aponta que o mercado novamente vai ter que colocar as expectativas (para a taxa de juros dos EUA) em patamar mais alto", comentou Gustavo Cruz, estrategista da RB Investimentos.

De fato, contratos futuros vinculados ao juro básico do Fed passaram a precificar como praticamente certo um aperto monetário de, no mínimo, 0,75 ponto percentual na reunião de política monetária de setembro do banco central dos EUA, na semana que vem. As chances de um ajuste ainda mais intenso, de 1 ponto completo, eram calculadas em cerca de 35% nesta tarde.

"Esse cenário favorece a alta do dólar e penaliza os ativos de risco, com investidores em busca de segurança", disse Leandro De Checchi, analista da Clear Corretora.

Juros mais altos na maior economia do mundo, além de redirecionarem recursos para o seguro mercado de renda fixa norte-americano e diminuirem o apelo da rentabilidade de mercados emergentes, têm levantado temores de recessão, conforme o Fed busca frear os gastos de famílias e empresas de forma a controlar a inflação.

O banco central dos EUA já subiu os juros em 2,25 ponto percentuais desde março deste ano.

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