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Dólar dispara e vale R$ 3,23, maior valor em mais de 4 meses

Alta da moeda foi guiada por cautela com votação da denúncia contra Temer

Economia|

Dólar saltou 1,29% nesta segunda-feira
Dólar saltou 1,29% nesta segunda-feira Dólar saltou 1,29% nesta segunda-feira

O dólar subiu mais de 1% e foi a R$ 3,23 nesta segunda-feira (23), maior patamar em mais de quatro meses, com cautela antes da votação da denúncia contra o presidente Michel Temer na Câmara dos Deputados e com expectativa sobre a possibilidade de novas altas de juros nos Estados Unidos.

Nesta sessão, a moeda norte-americana avançou 1,29%, a R$ 3,2311 na venda, após bater R$ 3,2396 na máxima do dia. Foi o maior nível de fechamento desde 11 de julho, quando a moeda norte-americana ficou em R$ 3,2532. O dólar futuro tinha alta de cerca de 1,15% no final da tarde.

"A expectativa é que o governo ganhe, mas a votação vai determinar o viés do mercado. Se o placar for ruim, haverá viés pessimista, pois ficará mais difícil aprovar a reforma da Previdência", disse o operador da corretora H. Commcor, Cleber Alessie Machado. "E essa é a última chance, caso contrário ficará para o próximo governo", acrescentou.

Na quarta-feira, os deputados votam em plenário a segunda denúncia da PGR (Procuradoria-Geral da República) contra Temer, dessa vez por obstrução de Justiça e formação de quadrilha. Os investidores acompanham atentos esse processo diante de dúvidas sobre qual o capital político que o governo terá para dar continuidade às reformas no futuro próximo, sobretudo à da Previdência.

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O próprio Planalto trabalhava com a possibilidade concreta de ter votação menor em plenário na segunda denúncia, algo entre 240 e 250 votos. Na primeira votação, foram 263 votos favoráveis ao presidente. Por isso, Temer e sua tropa de choque continuavam negociando com parlamentares de olho na votação.

No exterior, a moeda norte-americana também subia, uma vez que os investidores seguiram atentos à sucessão do Federal Reserve, banco central norte-americano. No início da tarde, o presidente dos Estados Unidos, Dolnald Trump, disse que está "muito, muito perto" de tomar decisão sobre chair do Fed.

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Trump tem dito que ainda avaliava pelo menos três nomes: o diretor do Fed Jerome Powell, o economista da Universidade de Stanford John Taylor e a atual chair do Fed, Janet Yellen.

Taylor defende uma política monetária mais rígida, o que tem deixado os mercados em alerta para eventual alta nos juros além do esperado. Mais juros tendem a atrair para a maior economia do mundo recursos aplicados hoje em outras praças financeiras, como a brasileira. Lá fora, o dólar subia frente a uma cesta de moedas e outras divisas de países emergentes, como o peso chileno.

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"Não há muita novidade, são os dois motivos: incerteza quando ao próximo chair do Fed e o Orçamento nos EUA", disse o economista da Renascença Corretora, Marcos Pessoa.

Na semana passada, o Congresso norte-americano aprovou um esboço do Orçamento de 2018 que abre espaço para redução de impostos que planeja Trump, o que pode acabar alimentando a inflação e, assim, levar o Fed a elevar ainda mais os juros.

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