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Dólar sobe e vai a R$ 3,68 por preocupações fiscais, apesar de BC

Mercado ainda teme que o País possa perder seu selo de bom pagador

Economia|

A apreensão com o cenário local somou-se à pressão vinda dos mercados externos, onde o dólar se fortalecia
A apreensão com o cenário local somou-se à pressão vinda dos mercados externos, onde o dólar se fortalecia A apreensão com o cenário local somou-se à pressão vinda dos mercados externos, onde o dólar se fortalecia

O dólar saltava 2% frente ao real e renovava as máximas em mais de 12 anos nesta segunda-feira (31), pressionado por preocupações com a situação fiscal do Brasil e temores de que o País possa perder seu selo de bom pagador, mesmo após o BC (Banco Central) reforçar sua intervenção no câmbio.

Os movimentos locais também vinham em linha com os mercados externos, que sofriam o efeito de novo tombo da bolsa chinesa, acentuados também pela briga pela formação da Ptax de agosto. A taxa, calculada pelo BC, serve de referência para diversos contratos cambiais e operadores costumam disputar para deslocá-la a patamares mais favoráveis a suas operações.

Às 10h20, o dólar avançava 1,99%, a R$ 3,6565 na venda. Na máxima da sessão, a divisa subiu 2,07%, a R$ 3,6595, maior nível desde 14 de fevereiro de 2003, quando foi a R$ 3,67. Por volta das 11h, a moeda americana chegou até R$ 3,68.

"Não há nada de animador, nada de boas notícias", disse o superintendente de câmbio da corretora Tov, Reginaldo Siaca. "Desde que me entendo por gente, este está sendo um dos piores momentos para o mercado financeiro".

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A imprensa noticiou que a proposta de Orçamento de 2016 que será enviada pelo governo ao Congresso nesta segunda-feira trará projeção de déficit primário para o ano que vem. Investidores entenderam que essa decisão deixaria o Brasil mais próximo de perder seu grau de investimento, o que provocaria intensa fuga de capitais dos mercados locais.

A apreensão com o cenário local somou-se à pressão vinda dos mercados externos, onde o dólar se fortalecia em relação às principais moedas emergentes diante de preocupações com a desaceleração da economia chinesa, e levava a moeda norte-americana a saltar em relação ao real mesmo diante da intervenção do BC.

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Após o fechamento dos negócios na sexta-feira, o BC anunciou para esta sessão leilão de venda de até US$ 2,4 bilhões com compromisso de recompra em 4 de novembro de 2015 e 2 de dezembro de 2015. Além disso, sinalizou que deve rolar integralmente os swaps cambiais, contratos equivalentes à venda futura de dólares, que vencem em outubro.

"O BC não consegue estancar a alta do dólar, e nem quer. Ele quer deixar claro que está ali para fornecer liquidez, mas o problema agora não é de liquidez, é de fundamentos", disse o superintendente de derivativos de um importante banco nacional.

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