O dólar terminou esta segunda-feira em leve alta ante o real, com a agenda mais leve desviando a atenção do mercado para eventos dos próximos dias, entre os quais decisões de política monetária no Brasil e nos Estados Unidos.
O dólar avançou 0,33%, a R$ 3,7300 na venda, depois de acumular queda de mais de 4% nas últimas quatro semanas.
Na mínima do dia, a moeda norte-americana foi a R$ 3,6966. O dólar futuro tinha alta de cerca de 0,55% no final da tarde.
"No comunicado pós-reunião (do Fed, Banco Central dos EUA) é que estarão as atenções em busca de pistas sobre novos aumentos em setembro e provavelmente em dezembro", indica a Advanced Corretora ao lembrar que, para esta quarta-feira, as previsões são de manutenção da taxa de juros dos Estados Unidos entre 1,75% e 2%.
A taxa de juro norte-americana tem grande peso na movimentação financeira em todo o mundo, já que, quando o índice sobe, os investidores tiram recursos de economias emergentes, como o Brasil, e transferem mais dólares para os Estados Unidos.
A previsão é de que ocorram mais duas altas até o final do ano. Mas muitos investidores temem que os efeitos de uma guerra comercial enfraqueçam a economia, o que diminuiria a necessidade de alta dos juros.
Além disso, na próxima sexta-feira (3), saem dados sobre criação de empregos nos EUA, que, juntamente com o comunicado do encontro do Fed, ajudarão a calibrar as apostas para os próximos passos sobre os juros na maior economia do mundo.
No cenário interno, os investidores continuam de olho no cenário político local, nesta reta final de coligações dos partidos com vistas às eleições presidenciais de outubro. Outro destaque é o encontro do Copom (Comitê de Política Monetária, do Banco Central), na próxima quarta-feira, para o qual não se espera alteração da Selic dos atuais 6,50% ao ano.
O Banco Central brasileiro ofertou e vendeu integralmente 14.755 swaps tradicionais, equivalentes à venda futura de dólares, rolando integralmente o vencimento de US$ 14,023 bilhões de agosto. Em setembro, vencem US$ 5,255 bilhões em swaps, segundo o BC.