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Em semana curta, Ibovespa já acumula 10% de desvalorização

Aversão a risco em razão da propagação do novo coronavírus leva principal índice da bolsa paulista à maior perda desde a crise financeira global de 2008

Economia|Do R7

Queda dos índices só foi pior na crise mundial de 2008
Queda dos índices só foi pior na crise mundial de 2008 Queda dos índices só foi pior na crise mundial de 2008

O tom negativo voltava a prevalecer na bolsa paulista nesta sexta-feira (28), ainda sob efeito da aversão a risco em razão da propagação do novo coronavírus e seu potencial impacto na economia global, com o Ibovespa caminhando para a maior perda semanal desde a crise financeira global.

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Às 11:39, o Ibovespa caía 1,49%, a 101.448,17 pontos. O volume financeiro somava R$ 6,87 bilhões.

Até o momento, o Ibovespa acumula uma queda de 10% na semana, mais curta em razão do Carnaval. Se confirmada, será a maior desvalorização semanal desde o último trimestre de 2008, ano marcado pela crise financeira global. No mês, a queda alcança cerca de 11%.

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A equipe da Guide Investimentos destacou que o mercado local segue registrando correções na esteira do exterior, onde novos casos na Califórnia e declaração de estado de emergência no Japão intensificam pressão.

"Mercados se preparam para mais um dia de quedas fortes, com investidores buscando reduzir o risco para o fim de semana", afirmou em nota a clientes.

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O pânico relativo ao coronavírus já provocou um estrago de 5 trilhões de dólares nos mercados globais.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) disse nesta sexta-feira que o surto de coronavírus "está aumentando", depois que a Nigéria confirmou o primeiro caso da doença na África subsaariana, reiterando o alerta de que o vírus pode atingir a maioria dos países, se não todos.

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Citando conversas com investidores durante os últimos dias, equipe do Credit Suisse disse em nota distribuída a clientes pela corretora do banco que, depois da piora no fechamento de Wall Street na véspera, começou a perceber maior preocupação por parte dos locais.

No Brasil, o Ministério da Economia deve revisar a previsão de alta do Produto Interno Bruto (PIB) de 2020 devido aos efeitos do surto de coronavírus no mundo e no Brasil, de acordo com o jornal Estado de S.Paulo nesta sexta-feira.

O secretário especial da Fazenda do Ministério da Economia, Waldery Rodrigues, disse que o efeito do coronavírus sobre a economia brasileira é mais direto e liquidamente negativo do que escalada do dólar.

Destaques

- IRB BRASIL ON recuava 4%, após forte valorização na véspera, em meio a ruídos envolvendo o comando da resseguradora. No mês, marcado por questionamentos sobre os resultados da empresa e o preço de suas ações, bem como divulgação de balanço de 2019, o papel acumula perda de mais de 25%.

- VIA VAREJO ON perdia 6% e MAGAZINE LUIZA ON caía 3,5%, pressionada pelas perspectivas de menor crescimento no país, uma vez que o setor vinha encontrando apoio no cenário de retomada da atividade brasileira. Dados também mostraram aumento no desemprego do país em janeiro sobre dezembro.

- GOL PN e AZUL PN cediam 3,2% e 2,5%, ainda afetadas pelas preocupações sobre a demanda de viagens em razão da disseminação global do coronavírus, com empresas aéreas europeias já alertando sobre lucros e demanda menores. O setor aéreo locam ainda é enfraquecido pela alta do dólar ante o real, para níveis recordes. CVC BRASIL ON perdia 2,3%.

- PETROBRAS PN e PETROBRAS ON recuavam 0,2% e 0,8%, respectivamente, acompanhando a queda dos preços do petróleo no mercado internacional.

- VALE ON tinha queda de 0,7%, com os contratos futuros de minério de ferro na China ampliando as perdas nesta sexta-feira para marcar sua primeira queda mensal desde outubro, com o rápido crescimento do coronavírus alimentando os temores de uma recessão global.

- ITAÚ UNIBANCO PN tinha variação positiva de 0,7%, enquanto BRADESCO PN subia 0,3%. BANCO DO BRASIL ON perdia 0,8% e SANTANDER BRASIL UNIT cedia 0,5%. BTG PACTUAL UNIT desvalorizava-se 3%.

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