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EXCLUSIVO-Nissan negocia compra de ações do governo francês na Renault em prelúdio de fusão

Economia|

LONDRES/FRANKFURT/GENEVA (Reuters) - A Renault e a sua parceira Nissan estão discutindo planos para estreitar sua aliança, na qual a montadora japonesa compraria a participação detida pelo governo francês de 15 por cento da Renault, disseram próximas ao assunto à Reuters.

As montadoras estão conversando com autoridades do governo sobre a proposta do chefe da Renault-Nissan, Carlos Ghosn, na qual Paris abriria mão da influência sobre a Renault e a montadora francesa renunciaria ao controle da Nissan, de acordo com três fontes.

Mas qualquer acordo deve enfrentar obstáculos significativos e ainda tem que ser aprovado pelo governo, disseram. Para tal, deve haver um equilíbrio dos interesses franceses e japoneses, evitando a aparência de uma incorporação.

"Qualquer discussão sobre a negociação de ações envolvendo a Renault, Nissan ou o governo francês é pura especulação", disse o porta-voz da Renault-Nissan, Jonathan Adashek. A aliança "não tem planos de mudar a proporção da participação cruzada das companhias", acrescentou.

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Um autoridade do Ministério das Finanças da França disse que o governo "nega totalmente" estar pronto para vender sua parte na Renault para a Nissan.

As fontes disseram que a Renault está sendo aconselhada pelo BNP Paribas e a Nissan pelo Nomura na venda planejada das ações, que aconteceria como parte de uma combinação mais ampla da Renault-Nissan ou como um "ponto de partida" no caminho para uma empresa. Os bancos não responderam ao pedidos de comentários.

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Ghosn também propôs uma estrutura interina na qual a administração da Renault, da Nissan e da Mitsubishi Motors seria supervisionada por uma fundação holandesa como um prelúdio para a integração como um grupo automotivo global com sede em Amsterdã, disseram fontes.

"Para o governo, uma fundação holandesa não é uma opção", disse o agente do Ministério das Finanças francês, que não quis se identificar.

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A aliança Renault-Nissan, sustentada por participações cruzadas, tem lutado intermitentemente desde sua origem em 1999 com planos de fusão completa que tropeçam nas objeções da França, maior acionista da Renault.

(Por Pamela Barbaglia, Arno Schuetze e Laurence Frost; Reportagem adicional por Norihiko Shirouzu e Michel Rose)

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