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Governo eleva de 2% para 2,7% previsão de crescimento econômico em 2022

Equipe econômica também revisou de 7,2% para 6,3% a expectativa de inflação no acumulado dos 12 meses até dezembro

Economia|Do R7

Governo manteve inalterada previsão do PIB para 2023
Governo manteve inalterada previsão do PIB para 2023 Governo manteve inalterada previsão do PIB para 2023

A SPE (Secretaria de Política Econômica), órgão ligado ao Ministério da Economia, aumentou a estimativa de crescimento do Brasil neste ano de 2% para 2,7%, segundo o Boletim Macrofiscal divulgado nesta quinta-feira (15). Em termos monetários, estima-se que a produção da economia nacional totalize R$ 9,66 trilhões.

Para Rogério Boueri, chefe da Assessoria Especial de Estudos Econômicos do Ministério da Economia, a revisão é reflexo da melhora do mercado de trabalho, do crescimento do setor de serviços a partir do arrefecimento da pandemia e aumento dos investimentos no Brasil.

"O ritmo de crescimento do PIB brasileiro tem surpreendido a todos. A mediana das projeções dos economistas de mercado para o PIB de 2022 estava em 0,3% no início do ano e agora já está em 2,33%, com viés de alta", diz Boueri.

Ao analisar os resultados, ele reconhece que o Ministério da Economia também "subestimou" o crescimento econômico neste ano. "É a nossa segunda revisão para cima neste ano. Por isso, não é correto afirmar que a pasta tem sido otimista em suas projeções, visto que também subestimamos o crescimento da atividade", observa.

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As novas projeções vão em linha com a fala do ministro da Economia, Paulo Guedes. Ontem (14), em evento promovido pela ACRJ (Associação Comercial do Rio de Janeiro), ele afirmou que a economia brasileira pode crescer 3% em 2022. "Se não fizer nada daqui até o fim do ano, já vai crescer 2,6%. Em vez de 1,5%, já está em 2,6% e pode chegar a 3%", disse. 

Apesar do otimismo, as expectativas divulgadas pela pasta mostram que a atividade econômica tende a patinar neste terceiro trimestre de 2022 e encolher 0,4% no período. A previsão negativa será acompanhada por todos os grandes setores da economia, com queda mais acentuada dos serviços (-1,1%). Indústria e agropecuária devem encolher 0,5%.

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Para 2023, o relatório mantém a aposta de que o PIB (Produto Interno Bruto) — soma de todos os bens e serviços finais produzidos no país — crescerá 2,5% na comparação com o dado final deste ano.

Inflação

Para a inflação medida pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), a previsão da equipe econômica caiu para 6,3% em 2022, ante 7,2% da projeção feita em junho. Para 2023, o patamar foi mantido em 4,5%.

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De acordo com Boueri, o corte na estimativa de inflação é resultado das deflações apuradas pelo IBGE nos meses de julho (-0,68%) e agosto (-0,36%), fruto da redução das alíquotas do ICMS sobre gasolina e energia elétrica nos estados e pelo corte do PIS/Cofins sobre a gasolina e o etanol até o fim de 2022. 

No discurso feito na ACRJ (Associação Comercial do Rio de Janeiro), Guedes também avaliou uma redução das estimativas para a inflação rumo ao teto da meta estabelecida pelo CMN (Conselho Monetário Nacional).

Já para o INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), índice utilizado para a correção do salário mínimo e dos valores dos benefícios previdenciários, a nova projeção aponta para uma alta de 6,54%, ante variação de 7,41% prevista anteriormente.

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