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Mercado aumenta projeção de crescimento da economia do Brasil em 2023

Analistas ouvidos pelo Banco Central estimam alta de 2,92% uma semana depois de o IBGE indicar estabilidade das riquezas do país

Economia|Johnny Negreiros, do R7*

Haddad espera crescimento maior que 3% em 2023
Haddad espera crescimento maior que 3% em 2023 Haddad espera crescimento maior que 3% em 2023

Agentes do mercado financeiro aumentaram a projeção de crescimento da economia brasileira para 2023. Neste momento, a estimativa é de uma alta de 2,92%. Os dados são do Boletim Focus, que reúne a opinião de analistas do mercado e é publicado pelo BC (Banco Central), nesta segunda-feira (11).

Na semana passada, a expansão projetada era de 2,84%. Essa revisão ocorreu após a divulgação na última quarta-feira (6) do PIB (Produto Interno Bruto, que mede o tamanho da economia de um país) do terceiro semestre (julho a setembro) deste ano.

Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a economia brasileira perdeu ritmo e cresceu 0,1% no período. Porém, o indicador veio acima do esperado, já que o mercado imaginava uma queda próxima dos 0,3%. Vale lembrar que o instituto costuma revisar seus próprios dados em divulgações seguintes.

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Por sua vez, após a divulgação, o governo Lula tem uma expectativa maior de expansão. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, falou em "mais de 3% de crescimento".

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“O PIB surpreendeu positivamente. Ele cresceu, e o mercado estava esperando uma retração. Tivemos um PIB positivo, mas fraco. Com os cortes nas taxas de juros, nós esperamos que nós fechemos o PIB em mais de 3% de crescimento e esperamos um crescimento na faixa de 2,5% no ano que vem”, disse o chefe da pasta.

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Inflação recua

Além disso, o relatório do BC também apurou queda na projeção de inflação ao final deste ano, com alta de 4,51%. Na semana anterior, a estimativa era de 4,54%.

Caso esse número se concretize, o indicador ficará dentro do nível perseguido pelo governo. Para 2023, o centro da meta é de 3,5%, mas há margem de 1,5 ponto percentual para cima e para baixo (intervalo de 1,75% para 4,75%).

Futuro não é promissor

Para o C6 Bank, "o quarto trimestre também deve registrar uma desaceleração do crescimento e o PIB deve encerrar 2023 em 3%, com leve viés de baixa".

"Já em 2024, a queda da Selic [taxa básica de juros da economia brasileira], que se iniciou em agosto deste ano, deve voltar a dar um estímulo à economia e contribuir para um PIB de 1,5%", completa o banco.

Economistas de diferentes correntes teóricas têm, no mínimo, dúvidas se esse cenário positivo se repetirá no ano que vem. “Em 2024, até pelo efeito base de comparação com 2023, o crescimento deverá ser menor”, acredita Felipe Salto, economista-chefe da Warren Renascença.

Os especialistas ouvidos pelo R7 concordam que “todo mundo” errou nas previsões para este ano. Por exemplo, Leo Siqueira, doutorando em economia e deputado estadual paulista (Novo), lembra que o Focus indicava crescimento do PIB (Produto Interno Bruto), que mede o tamanho da economia de um país, de 0,8%.

O parlamentar e o professor de economia da Unifesp e doutor em economia do desenvolvimento pela FEA-USP André Roncaglia ressaltam que o indicador anual até aqui foi puxado pelo desempenho surpreendente do agronegócio no primeiro semestre, quando o setor registrou crescimento de 12,5% em relação ao mesmo período anterior.

“Esse crescimento não vai se repetir no ano que vem, porque uma parte importante desse crescimento veio pela consequência da seca na Argentina. O Brasil acabou ocupando uma parte do mercado de exportações argentinas, que tiveram uma pancada forte. Então, imagino que, no ano que vem, a história do setor externo não vai ser tão pujante quanto a desse ano”, explica Roncaglia.

*Sob supervisão de Raphael Hakime

PIB do Brasil cresce 0,1% no terceiro trimestre deste ano

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