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Pandemia coloca em risco nota de crédito das economias, avalia Fitch

Agência de risco diz que as economias da América Latina vão se recuperar da recessão, mas prevê perspectivas negativas na região

Economia|Do R7

Fitch prevê crescimento lento da América Latina
Fitch prevê crescimento lento da América Latina Fitch prevê crescimento lento da América Latina

As economias latino-americanas irão recuperar-se neste ano da recessão do ano passado, mas os riscos para essas perspectivas estão, quase todos, inclinados para o lado negativo, disseram analistas da agência de classificação de risco Fitch Ratings nesta quarta-feira (20), mencionando particularmente a evolução da pandemia da covid-19.

O crescimento mais lento também irá comprometer os esforços dos governos para colocar os déficits e a dívida pública de volta a um caminho mais sustentável e descendente, assim como aumentam as pressões públicas para gastos em face da segunda onda do vírus, alertaram.

Shelly Shetty, diretora-gerente de soberanos da Fitch, disse que a forma como a região lida com a segunda onda, o ritmo das distribuições de vacinas, o volume de imunizantes a serem aplicados e a fragilidade de forma geral dos sistemas de saúde pública devem ser monitorados. "Não vemos muitos riscos de alta... (vemos) vários riscos de baixa", disse Shetty.

O Peru irá registrar o maior crescimento na região este ano, superior a 5%, enquanto a economia do Brasil avançará um pouco mais de 3%, limitada por um aguardado endurecimento da política fiscal, disse ela. A recuperação deve ser apoiada por um crescimento de 8% da China, fortes preços globais de commodities, política monetária interna acomodatícia e efeitos de base favoráveis, disse ela.

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O déficit orçamentário médio na região cairá a 3% do PIB (Produto Interno Bruto), mas os déficits fiscais permanecerão altos para os padrões históricos, a uma média de 6% do PIB. O déficit do Brasil será de 7% do PIB, disse Shetty.

"A consolidação será um processo de vários anos", disse ela, observando que mais da metade de todas as perspectivas de ratings soberanos para a América Latina são negativas, a mais elevada para qualquer região no mundo, e sem perspectivas positivas.

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No México, o analista da Fitch Charles Seville destacou que a estatal Petroleos Mexicanos (Pemex) pode precisar de mais apoio financeiro do governo, talvez de até 1,5 ponto percentual do PIB.

Isso não seria uma "mudança de jogo" para o rating soberano do México, mas dificilmente seria um fator positivo, disse Seville. O rating soberano da Fitch para o México é "BBB-", um nível acima do grau especulativo, com perspectiva estável.

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