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Preço da cesta básica sobe em 9 capitais e Florianópolis é a mais cara

Aracaju (R$ 225,57), João Pessoa (R$ 255) e Salvador (R$ 262,78) são as mais em conta

Economia|Do R7

Com base no custo da cesta em Florianópolis, o Dieese estima que o salário mínimo deveria ser de R$ 2.778,63
Com base no custo da cesta em Florianópolis, o Dieese estima que o salário mínimo deveria ser de R$ 2.778,63 Com base no custo da cesta em Florianópolis, o Dieese estima que o salário mínimo deveria ser de R$ 2.778,63

O preço da cesta básica aumentou em nove das 18 capitais pesquisadas mensalmente pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos). Em fevereiro deste ano, Florianópolis foi a capital onde se apurou o maior valor para a cesta básica (R$ 330,75), seguida por Vitória (R$ 328,43) e São Paulo (R$ 325,35).

Os menores valores médios foram observados em Aracaju (R$ 225,57), João Pessoa (R$ 255) e Salvador (R$ 262,78). As maiores elevações foram apuradas em Aracaju (5,31%), Florianópolis (2,49%) e Rio de Janeiro (1,35%). Retrações ocorreram em João Pessoa (-3,47%), Manaus (-3,44%) e Brasília (-2,91%).

Com base no custo da cesta em Florianópolis, o Dieese estima que o salário mínimo deveria ser de R$ 2.778,63, ou seja, 3,84 vezes o mínimo em vigor, de R$ 724, para suprir as despesas de um trabalhador e sua família com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência.

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Em janeiro, o mínimo necessário era menor, equivalendo a R$ 2.748,22, ou 3,80 vezes o piso vigente. Em fevereiro de 2013, o valor necessário para atender às despesas de uma família chegava a R$ 2.743,69, o que representava 4,05 vezes o mínimo de então (R$ 678).

Em fevereiro, para comprar os alimentos essenciais, o trabalhador que ganhava o salário mínimo precisou trabalhar, na média das 18 capitais pesquisadas, por 88 horas e 30 minutos, tempo ligeiramente menor que as 88 horas e 51 minutos exigidas em janeiro. Em relação a fevereiro de 2013, a jornada comprometida foi menor, já que naquele mês eram necessárias 94 horas e 57 minutos.

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Em 12 meses — entre março de 2013 e fevereiro último —, cinco das 18 cidades apresentaram alta: Florianópolis (5,18%), Vitória (4,80%), Belém (4,24%), Rio de Janeiro (2,57%) e Curitiba (0,08%). Nas demais localidades, os recuos oscilaram entre -5,58% (João Pessoa) e -0,10% (Recife).

Alimentos

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O preço do leite diminuiu em 16 localidades. Os maiores recuos aconteceram em Recife (-7,01%), Curitiba (-5,17%), Brasília (-4,75%) e Belém (-4,35%). Houve aumento em duas cidades apenas: Aracaju (0,50%) e Campo Grande (0,44%). Apesar da menor produção do leite devido à seca, houve diminuição do preço do produto, já que o volume de estoque nos laticínios e cooperativas é alto. Isso reduziu o ritmo de compra de matéria-prima por parte das empresas.

O preço do feijão diminuiu em 15 capitais em fevereiro. As maiores quedas ocorreram em Recife (-9,95%), Fortaleza (-7,45%), Natal (-5,97%), João Pessoa (-5,69%), Salvador (-5,49%) e São Paulo (-5,07%). Os aumentos aconteceram em Manaus (5,56%), Aracaju (4,20%) e Belém (2,34%).

Grandes estoques de feijão, reunidos desde dezembro, seguram o preço ao consumidor. Porém, há previsão de aumento do valor do grão, diante do calor excessivo e da desvalorização do real, uma vez que parte do feijão consumido internamente vem de fora do País.

O açúcar também mostrou, em fevereiro, redução no valor em 15 cidades e estabilidade em Natal. As maiores quedas aconteceram em Brasília (-5,98%), Salvador (-3,83%), São Paulo (-3,78%), Vitória (-3,16%) e Rio de Janeiro (-3,11%). Somente em Aracaju (4,84%) e Curitiba (2,89%) houve elevação. Apesar do aumento nos preços internacionais do açúcar, a redução dos valores no varejo se deve aos altos estoques existentes e à necessidade de as usinas flexibilizarem os valores para venda de açúcar.

Em fevereiro, os preços do arroz subiram em 12 cidades. Os aumentos mais significativos ocorreram em Aracaju (18,81%), Curitiba (4,63%) e Recife (3,08%). As reduções ocorreram em seis capitais e variaram de -3,85% em Manaus e -0,83% em Belo Horizonte. Este período é de entressafra do arroz e a maior colheita será feita até o início de março, com impacto para o preço do bem em algumas cidades.

Seca faz preços subirem e tomate chega a R$ 5,44

O tomate, no varejo, teve alta em 11 capitais, com destaque para as variações de Campo Grande (47,90%), Rio de Janeiro (24,90%) e Florianópolis (22,14%). As quedas variaram entre -17,05% (João Pessoa) e -3,09% (Brasília). Na comparação anual, houve diminuição do preço do tomate em todas as 18 capitais, com taxas entre -43,46% (Porto Alegre) e -6,23% (Manaus).

A carne bovina, produto de maior peso na composição do valor da cesta básica, ficou mais cara em dez das 18 capitais pesquisadas. Os aumentos oscilaram entre 0,17% em Belo Horizonte e 2,25% em Florianópolis.

Os preços recuaram em oito capitais: Brasília (-3,30%), Recife (-2,28%), Campo Grande (-1,49%), Goiânia (-1,41%), Vitória (-0,70%), Fortaleza (-0,33%), Natal (-0,16%) e Salvador (-0,12%). As altas temperaturas e o aumento das exportações de carne diminuíram a oferta interna, resultando na elevação do valor do bem em algumas regiões.

São Paulo

Na capital paulista, a cesta básica custou, em fevereiro, R$ 325,35 o que coloca São Paulo como a terceira capital mais cara entre as 18 pesquisadas pelo Dieese. Em relação a janeiro, houve aumento de 0,58% nos preços dos produtos essenciais. Nos dois primeiros meses do ano, a redução foi de 0,58%. Já na comparação com fevereiro de 2013, o decréscimo foi de 0,38%.

Em fevereiro, a maioria, isto é, dez dos 13 itens que compõem a cesta paulistana, apresentaram diminuição nos preços: feijão carioquinha (-5,07%), açúcar refinado (-3,78%), óleo de soja (-1,79%), leite in natura integral (-1,63%), café em pó (-1,22%), manteiga (-1,15%), farinha de trigo (-0,91%), batata (-0,37%), banana nanica (-0,34%) e pão francês (-0,21%).

Outros três produtos tiveram alta no período: tomate (9,07%), carne bovina de primeira (0,92%) e arroz agulhinha (0,81%). Na comparação anual, o preço de seis produtos teve aumento: farinha de trigo (21,39%), banana (16,42%), leite in natura integral (12,53%), pão francês (12,44%), carne bovina de primeira (9,72%) e manteiga (5,81%). Os outros sete itens tiveram redução: feijão (-35,51%), óleo de soja (-21,71%), tomate (-21,59%), batata (-18,18%), açúcar (-16,82%), café em pó (-10,17%) e arroz (-0,79%).

O trabalhador paulistano cuja remuneração equivale ao salário mínimo necessitou cumprir, em fevereiro, jornada de 98 horas e 52 minutos para comprar os mesmos produtos que, em janeiro, exigiam a realização de 98 horas e 18 minutos. Este aumento está relacionado à variação do custo da cesta no mês. Em fevereiro de 2013, o tempo de trabalho necessário para a aquisição da cesta era de 105 horas e 58 minutos. 

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