Os brasileiros com interesse de realizar o sonho da casa própria podem comemorar a sétima queda consecutiva do preço médio do metro quadrado dos imóveis construídos no Brasil.
Dados revelados nesta quarta-feira (4) pelo índice FipeZap, que acompanha a evolução do preço dos imóveis residenciais em 20 cidades brasileiras, apontam que o valor da casa própria diminuiu 0,07% na passagem de agosto para setembro.
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A nova queda levou o preço médio do metro quadrado a R$ 7.636. Significa dizer que para se tornar proprietário de um imóvel considerado padrão, de um ou dois dormitórios e 65m² de área construída, é necessário desembolsar cerca de R$ 496.340.
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Com a queda de setembro, o índice que calcula o preço dos imóveis no País acumula uma queda nominal de 0,56% neste ano de 2017. Se avaliarmos que a expectativa de inflação para o período é de 1,72%, podemos afirmar que o preço do imóvel construído no Brasil teve uma queda real de 2,24% ao longo dos nove primeiros meses de 2017.
O coordenador da pesquisa, Eduardo Zylberstajn, avalia que as sucessivas quedas de preço dos imóveis são fruto do ambiente econômico adverso que atravessa o País nos últimos anos.
— É a continuidade do filme que nós já estamos vendo há bastante tempo.
Cidades
Entre as cidades analisadas, 13 apresentaram queda de preço no mês de setembro. Os recuos mais efetivos foram verificados em Fortaleza (-0,82%), Rio de Janeiro (-0,57%) e Santo André (-0,41%). Na contramão, os municípios de Florianópolis (+0,61%), Recife (+0,4%) e Belo Horizonte (+0,32%) responderam pelas maiores altas de preços no mês passado.
Apesar da queda mensal e de acumular baixa de 3,4% no preço dos imóveis neste ano, a cidade do Rio de Janeiro segue como a mais cara entre as pesquisadas pelo índice.
De acordo com o levantamento, cada espaço mínimo de terra na capital fluminense custa, em média, R$ 9.918. Com isso, um apartamento de 65m² na localidade sai por cerca de R$ 644 mil.
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De acordo com Zylberstajn, as fortes quedas de preço contabilizadas no Rio de Janeiro podem ser atribuídas a uma crise mais forte do que a atravessada pelo Brasil. O coordenador do FipeZap cita como argumentos para o recuo os salários atrasados dos servidores públicos, a violência e o escândalo envolvendo a Petrobras.
— [O Rio] é um Estado que sofreu bem mais do que o resto do País, que também já sofreu bastante, mas sofreu ainda mais. Então, é natural também que o mercado imobiliário tenha esse cenário mais negativo.
Completam a relação de metros quadrados mais caros do País as cidades de São Paulo (R$ 8.714), do Distrito Federal (R$ 8.287), de Niterói (R$ 7.271) e de Florianópolis (R$ 6.770). Por outro lado, os imóveis com os metros quadrados construídos mais em conta são Contagem (R$ 3.533), Goiânia (R$ 4.096), Vila Velha (R$ 4.630) e São Bernardo do Campo (R$ 4.864).