A prévia da inflação atingiu o menor patamar para março desde o início do Plano Real, em julho de 1994, com taxa de 0,02% frente a 0,22% em fevereiro de 2020.
O resultado foi puxado pela queda nos preços das passagens aéreas, que registraram inflação de -16,88%. O resultado do IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15) foi divulgado na manhã desta quarta-feira (25) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Além das passagens aéreas, outros itens que ficaram mais baratos para os consumidores brasileiros foram a gasolina (-1,18%), o etanol (-1,06%), o óleo diesel (-1,95%) e do gás veicular (-0,89%). Também houve queda no grupo de Habitação (-0,28%), explicada principalmente pelo item energia elétrica (-1,30%), já que, em março, permanece em vigor a bandeira tarifária verde, em que não há cobrança adicional na conta de luz.
Em contrapartida, os itens que pesaram mais no bolso foram os itens de higiene pessoal (2,36%), plano de saúde (0,60%) e o grupo de alimentação e bebidas.
Os itens que ficaram mais caros foram a cenoura (23,92%), o ovo de galinha (5,10%), o tomate (4,93%) e o leite longa vida (1,37%). Já as carnes (-1,81%) apresentaram queda menos intensa em relação a fevereiro (-5,04%).
O indicador também desacelerou em comparação a março de 2019, quando o índice era de 0,54%.
O IPCA-15 acumula alta de 0,95% de janeiro a março de 2020 e de 3,67% nos últimos 12 meses.
Metodologia da pesquisa
Segundo o IBGE, os preços foram coletados de forma presencial dos dias 12 de fevereiro e 16 de março deste ano. A instituição informa que "em função do quadro de emergência de saúde pública decorrente do coronavírus (Covid-19), adaptações metodológicas estão sendo consideradas pelo IBGE, de modo que a próxima divulgação do índice seja baseada em coletas online e por telefone".